Editora: Intrínseca
Ano: 2006
Páginas: 300
Skoob
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Vamos lá. Desde A Culpa É Das Estrelas, John Green se tornou uma espécie de diva literária — o que, para falar a verdade, eu acho super merecido. Ficou bastante claro pela minha resenha NADA A VER de ACEDE que eu fiz por aqui: aquele livro mudou minha forma de ver o mundo em relação a algumas outras coisas. E, pelo que parece, mudou a de outras pessoas também, de modo que o livro se tornou absolutamente popular. (JÁ EXISTEM ATÉ HATERS PSEUDO-INTELECTUAIS!!!! ORA, O QUE É UM LIVRO COM UMA GRANDE BASE LEITORA SEM HATERS PSEUDO-INTELECTUAIS, MINHA GENTE???)
É claro, óbvio, evidente que eu quis ler os outros livros dessa diva literária que se propagou John Green. Depois de Will & Will (maravilha de nome que a Galera Record deu à versão brasileira, hein? Quer dizer, pronuncie. Uiu i Uiu. Uiu i Uiu. Uiuiuiu. Uiuiuiuiuiuiuiuiu...), finalmente consegui minha cópia de O Teorema Katherine, e...
Li tudo em um dia.
Christ!
Colin gosta de Katherine → A Katherine também gosta de Colin → Eles ficam juntos → Katherine termina com Colin.
Esse mesmo ciclo se repetiu — pasmem — dezenove vezes na vida de Colin Singleton desde seus oito anos de idade, quando sua total ineficaz capacidade sociológica não foi o suficiente para que sua primeira namoradinha (a Katherine I) "se apaixonasse" por ele. O x da questão, entretanto, está na última Katherine que partiu seu coração pouco depois de ambos se formarem no ensino médio (afinal, mesmo sendo um menino-prodígio-nerd-supremo-das-galáxias, Colin se formou no tempo de qualquer outro adolescente normal). Para curar a dor, ele e seu melhor amigo, Hassan, partem numa road trip e acabam numa cidade minúscula do Tennessee: Gutshot. É lá que Colin tem o "momento eureca" de sua vida: criar um teorema baseava graficamente quem daria o fim em um determinado relacionamento. Quem seria o "Terminante" e quem seria o "Terminado". Com isso, ele seria, então, o gênio que tanto almejava ser, e teria sua Katherine XIX de volta. Naaaah.
("Naaaah" não conta como spoiler, né? Que bom.)
Já adianto que esse livro não tem absolutamente nada de ACEDE — então, se você for lê-lo com a expectativa de morrer de chorar e encontrar um milhão de referências filosóficas para levar para a vida, esqueça. Vamos levar duas coisinhas em conta: a) uma obra é sempre única; e b) este livro foi escrito SEIS ANOS antes de A Culpa É Das Estrelas. É bem possível que a Srta. Hazel Grace sequer passasse pelos sonhos de John Green nessa época.
Assim como toda obra do nosso vlogbrother (ao menos, toda que eu já tenha lido), este é um livro que trata sobre assunto nerds, contando a história da vida de pessoas igualmente nerds — e, isso, é claro, deixa com que o livro seja muito engraçado. Muito engraçado mesmo. Do estilo, ter que segurar uma gargalhada enquanto estiver lendo.
Eu também li uma porrada de resenhas sobre esse livro e, se havia uma coisa que 99% delas tinham em comum, é: todo mundo de-tes-tou o Colin ("chato", "egocêntrico", "egoísta" etc. foram adjetivos comumente usados). Ao contrário de todo mundo, como sempre, eu o amei. Foi meio difícil não se identificar um pouquinho com ele, porque suas frustrações indiretamente se ligaram às minhas, talvez liguem-se às suas. Isso sem dizer que ele é absurdamente inteligente. Absurdamente inteligente mesmo.
Quanto à narrativa, existe sim uma semelhança semântica entre essa e outras obras do Mister Green. Mesmo que você só tenha lido A Culpa É Das Estrelas e adote este livro como a segunda leitura do escritor, vai ter certeza de que, é, O Teorema Katherine foi escrito por John Green.
É claro, óbvio, evidente que eu quis ler os outros livros dessa diva literária que se propagou John Green. Depois de Will & Will (maravilha de nome que a Galera Record deu à versão brasileira, hein? Quer dizer, pronuncie. Uiu i Uiu. Uiu i Uiu. Uiuiuiu. Uiuiuiuiuiuiuiuiu...), finalmente consegui minha cópia de O Teorema Katherine, e...
Li tudo em um dia.
Christ!
“É possível amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir.” pg. 141
Colin gosta de Katherine → A Katherine também gosta de Colin → Eles ficam juntos → Katherine termina com Colin.
Esse mesmo ciclo se repetiu — pasmem — dezenove vezes na vida de Colin Singleton desde seus oito anos de idade, quando sua total ineficaz capacidade sociológica não foi o suficiente para que sua primeira namoradinha (a Katherine I) "se apaixonasse" por ele. O x da questão, entretanto, está na última Katherine que partiu seu coração pouco depois de ambos se formarem no ensino médio (afinal, mesmo sendo um menino-prodígio-nerd-supremo-das-galáxias, Colin se formou no tempo de qualquer outro adolescente normal). Para curar a dor, ele e seu melhor amigo, Hassan, partem numa road trip e acabam numa cidade minúscula do Tennessee: Gutshot. É lá que Colin tem o "momento eureca" de sua vida: criar um teorema baseava graficamente quem daria o fim em um determinado relacionamento. Quem seria o "Terminante" e quem seria o "Terminado". Com isso, ele seria, então, o gênio que tanto almejava ser, e teria sua Katherine XIX de volta. Naaaah.
("Naaaah" não conta como spoiler, né? Que bom.)
Já adianto que esse livro não tem absolutamente nada de ACEDE — então, se você for lê-lo com a expectativa de morrer de chorar e encontrar um milhão de referências filosóficas para levar para a vida, esqueça. Vamos levar duas coisinhas em conta: a) uma obra é sempre única; e b) este livro foi escrito SEIS ANOS antes de A Culpa É Das Estrelas. É bem possível que a Srta. Hazel Grace sequer passasse pelos sonhos de John Green nessa época.
Assim como toda obra do nosso vlogbrother (ao menos, toda que eu já tenha lido), este é um livro que trata sobre assunto nerds, contando a história da vida de pessoas igualmente nerds — e, isso, é claro, deixa com que o livro seja muito engraçado. Muito engraçado mesmo. Do estilo, ter que segurar uma gargalhada enquanto estiver lendo.
Existe uma interatividade muito divertida e perspicaz, também, de autor para leitor. Sendo o livro narrado em terceira pessoa, o John literalmente conversa com a gente pelas notas de rodapé, seja explicando um exemplo matemático, continuando um argumento de Colin que Hassan não o deixou terminar ou simplesmente acentuando a chatice do protagonista. Sendo bastante sincera, tem quase uma nota de rodapé por página, muito embora isso não dificulte a leitura de forma alguma. Deixa bem mais divertido, aliás.
Falando em divertimento, é justo dizer a você que todos — absolutamente
todos, mesmo os "mauzinhos" — os personagens são lindamente
construídos além de serem muito espirituosos. Hassan, melhor amigo de Colin, é
facilmente o meu personagem preferido da trama. Eu também li uma porrada de resenhas sobre esse livro e, se havia uma coisa que 99% delas tinham em comum, é: todo mundo de-tes-tou o Colin ("chato", "egocêntrico", "egoísta" etc. foram adjetivos comumente usados). Ao contrário de todo mundo, como sempre, eu o amei. Foi meio difícil não se identificar um pouquinho com ele, porque suas frustrações indiretamente se ligaram às minhas, talvez liguem-se às suas. Isso sem dizer que ele é absurdamente inteligente. Absurdamente inteligente mesmo.
Quanto à narrativa, existe sim uma semelhança semântica entre essa e outras obras do Mister Green. Mesmo que você só tenha lido A Culpa É Das Estrelas e adote este livro como a segunda leitura do escritor, vai ter certeza de que, é, O Teorema Katherine foi escrito por John Green.
A diagramação também ficou lindinha e eu praticamente não encontrei erros. Vale a pena dar um crédito à tradutora, que fez um trabalho muito bom até mesmo com os anagramas (que devem ter sido uma porcaria para se reproduzir, já que ela teve de manter o sentido e também a gramática certinha ao passar do inglês para o português). Na realidade, é difícil achar um livro da Intrínseca em que eles não tenham trabalhado direitinho.
Para terminar, marquei o livro com cinco estrelinhas no Skoob, mas queria mesmo ter marcado quatro e meia (quando o Skoob vai admitir as meias estrelinhas, Jesus?!?!?!). O Teorema Katherine é brilhantemente escrito, vamos admitir, mas não é nem de longe a melhor obra de John Green (ainda que eu não tenha lido Cidades de Papel ou Quem é Você, Alasca? Pois é.).
Se
estiver precisando dar umas risadas e devorar um livro em algumas horas, posso
garantir que O Teorema Katherine não vai fugging[1]
decepcionar você.
Faz tipo uma década que li e não consegui comentar, que feio não mereço ganhar sorvete ): mas sua resenha ficou mt linda s2s2 eu tb gostei do colin! bullying com colin isso, não é? usifhajfk enfim! eu tb amodorei as notinhas de John <3 socorro, sua resenha ficou muito mordível e linda, mas não sei o que dizer. apenas amei, ok? <3 beijocas, obg pela resenha. c:
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