Infectada
Oi, meus amores! Tudo bom com os Srtos? AUIEHAEIHAE
Gostei muito da comoção que a Trucker causou em vocês no Capítulo passado OPASKAÕLKAÕPLAS Vocês foram todos uns amores, e adoraram o ritmo louco e desenfreado da fic, a irreverencia da Hayley, a arrogancia do Josh. Enfim. Essa fic é uma coisa bem maluca mesmo, mas espero que vocês curtam. Já curtiram o primeiro cap, vamo ver como me saio no segundo.
AUHEAUEHAEUHAEUHAE então, seguinte! Gostei bastante desse chap, ele continuará seguindo à risca de Hayley como narradora principal e única, assim como toda a fic. Também está grandinho, o que vocês vão ver, é normal. Além disso, espero arrancar algumas risadas de vocês com meus novos personagens.
No básico, é isso. Essa é a última postagem nessa fic de 2012.
Ok, leiam com o coração ♥
Meus olhos foram lentamente se abrindo
conforme a música do The Civil Wars ficava mais alta. Descolei a mão do meu
rosto e tateei tudo à minha direita, procurando o criado-mudo de madeira velha,
que ficava ao lado da minha cama desde que eu podia me lembrar. A coisa deve
ter pelo menos um cem anos, uma relíquia. Se não estivesse se decompondo, eu
poderia mandá-lo para um daqueles compradores de coisas inúteis do History
Chanel. Faturaria cinquenta dólares facilmente. Sabia disso por que Mike
passava noites assistindo a programas sem graça como esse e, às vezes, eu me
limitava a escutar os diálogos enquanto fuçava meu Facebook no único computador
da casa, que ficava ao lado do raque da tevê. Hoje, na realidade, eu posso te
dizer com clareza o valor de coisas desde um pedaço do muro de Berlim a uma
placa velha da Coca-Cola.
Foi então que me lembrei que não estava
mais em Meridian. Mike, meu criado-mudo relíquia e meu computador de
processador lento estavam a milhares de quilômetros de mim. Achei o celular,
finalmente, berrando uma música qualquer do The Civil Wars, e suspirei de
alívio quando consegui desligá-lo. No visor, o nome do alarme que eu mesma
havia editado era claro:
“Levante,
e nada de esperar mais cinco minutos, sua preguiçosa.”
Bocejei, sentindo uma leve dor no ombro e
nos dedos. Eu e essa minha mania de apoiar a cabeça nos braços e o rosto nas
mãos. Encolhi os ombros, sentindo a coberta nova que papai comprou para mim
esquentando meu corpo, a preguiça fazendo cada célula do meu corpo estremecer. Oh, por favor, esse colchão podia ser um
pouco menos macio. Com certeza tinha molas, gostoso, fazia um bem danado
para as minhas costas. Adorava isso
no velho Joey. Sempre dando o melhor para sua filhota.
A música do The Civil Wars voltou a tocar. Céus, já se passaram os cinco minutos de
soneca? Sinceramente, maldita seja a relatividade do tempo! E droga de
música calma que eu odeio! Tudo bem que eu sequer sei o nome, e só coloquei The
Civil Wars no celular para que eu pudesse acordar sem jogar o aparelho na
parede. Como aconteceu da última vez.
Foi inocentemente, ok? Eu estava feliz,
tendo um sonho super lindo, mas de repente fui arrancada bruscamente dele pelos
gritos de Matt Shadows, da Avenged Sevenfold. Com o peito inflando e o ódio
correndo minhas veias, xinguei e arremessei o celular contra o chão, irritada.
E voltei a dormir.
Minha mãe brigou infinitamente comigo, mas
meu pai apenas riu da minha cara quando contei o fato para ele, no último
sábado. Ganhei um celular novo, não o melhor do mercado, claro, mas com certeza
o mais resistente. Papai disse que se eu quebrá-lo, vou ter que comprar um novo
por mim mesma. Achei justo, embora não creia que ninguém seja capaz de quebrar
um celular como o meu. É mais ou menos um tijolo, só que de plástico, que sabe
ligar e que tem um cartão de memória para músicas mp3.
Sentei-me na cama, com muito esforço, e
joguei meus braços para cima, espreguiçando-me. Oh... droga. Gostaria muito de dormir um pouco mais, porém, o lado
vagamente racional da minha mente acabara de avisar-me de que hoje era primeiro
de setembro. Honestamente, eu aceito qualquer tipo de injustiça, mas um primeiro
de setembro cair numa segunda-feira é sacanagem. O verão já havia acabado
mesmo?
Nem dava para acreditar. Bocejei, botando o
cérebro para funcionar enquanto tentava me lembrar de como três meses passaram
tão rápido. Aproveitei o verão de uma maneira eloquente, tudo bem, mas poderia
ter sido um pouco melhor. Quer dizer, eu não consigo me lembrar de quase nada
que fiz de realmente interessante em junho, julho e agosto.
Tá, consigo sim. Fiz uma tatuagem, certo, a
cruz na coxa. Não me julgue, ok? Embora minha mãe ache o contrário, amo Jesus,
sim, e ele ainda é meu salvador. Também passei muitas horas no Darkness, o barzinho gótico mais
conhecido — entre os góticos, é claro — de Meridian. Na realidade, o Darkness não é lá essas coisas. Tudo bem
que os neons escuros e as garçonetes que parecem zumbis são estranhamente legais,
mas eu realmente prefiro um estilo de rock mais alternativo. Tanto que nunca
fui até o barzinho sozinha; sempre estava acompanhada da minha galera.
Pobre galera. Ficaram realmente chateados
comigo por eu tê-los deixado, principalmente Chad, meu ex-namorado. O que me
leva a pôr mais um item na lista de coisas importantes que fiz nesse verão: tirei a virgindade. Tá, tudo bem, eu sei
que eu não era perdidamente apaixonada por ele, mas caramba, eu tenho dezessete
anos! Quase dezoito! E, além disso, eu confiava muito nele e Chad é um daqueles
caras do qual você tem que fazer
amizade, por que ele é simplesmente incrível. E ele gostava de mim, pra
caramba. E foi muito bom.
Realmente me chateou vê-lo antes de vir à
Franklin. De verdade.
Também me chateou bastante ver o rosto dos
pequenos Landon e Lexie quando disse a eles que iria me mudar. Ambos têm apenas
cinco anos de idade, e o que você aprende sendo babá é que não importa se a
criança seja um verdadeiro porre; a convivência te fará amá-la do mesmo jeito.
Tanto Landon quanto Lexie têm pais ausentes e, por isso, me adoravam de
verdade. Ter que explicar para eles que eu não voltaria na tarde do dia
seguinte partiu meu coração. Pra valer.
De qualquer maneira, aqui estava eu agora.
Apesar dos pesares, fiquei bem animada em vir para Franklin, e não posso
mentir: o acontecido com o garoto caminhoneiro no último sábado me deixou bem
mais disposta a viver nessa cidade. Um arrepio passou pela minha espinha,
enquanto eu me lembrava daquele beijo... malucamente delicioso. Aquele garoto é
completamente doido, isso é verdade, e eu devo ser ainda mais por tê-lo deixado
me beijar. Se bem que eu queria, oras, eu babei em cima do menino durante a
viagem toda! Que corpo era aquele? Deus do Céu, eu não seria humana se não quisesse algo com ele.
O celular começou a berrar de novo e dessa
vez eu desliguei o alarme antes da música sair do primeiro acorde de
introdução. Dez minutos na cama sem me
levantar. Isso me lembra de mudar o nome do alarme mais tarde.
Joguei os braços para cima mais uma vez e
tratei de botar os pés no chão, procurando minhas pantufas fofas. Calcei-as
lentamente e me levantei, sentindo a gravidade exercendo todo o seu poder
maligno sobre meu corpo pequeno e frágil — ou não tanto assim. Os olhos
querendo fechar, fui até a mesa do meu computador — eu tenho um computador só
meu! Devo ou não amar meu papai? — e peguei a primeira caixinha de plástico que
vi. Não sei qual piercing havia escolhido, mas tinha que servir; não estou com
cabeça para saber se quero ou não usar a argolinha hoje.
Acabou que foi ela mesmo que veio. Assoei o
nariz da melhor maneira que pude — é melhor prevenir do que remediar — antes de
encaixar a argola no septo. Meu rosto estava com a marca dos meus dedos, mas
saiu após o terceiro jato de água. Tomei um banho, vesti uma roupa qualquer,
escovei os dentes e passei um pente rápido no meu cabelo. Um risco fino de
lápis embaixo dos olhos, algumas borrifadas de perfume, e eu estava
suficientemente apresentável para meu primeiro dia de aula em Franklin.
Céus, nem acredito que vou mesmo para o
primeiro dia do último ano na escola. Parecia o paraíso! Mal posso acreditar
que ano que vem não precisarei mais me preocupar com o High School. Tão surreal. Achei que nunca fosse acabar. Deixei um
sorriso aparecer feliz no meu rosto, e desejei a Deus que esse ano passasse tão
rapidamente quanto o verão o fez. Nada me faria mais feliz do que um ano rápido
e sem problemas.
Desci as escadas da casa do meu pai bem
tranquilamente, quase cantarolando, vendo que o sol já estava escaldante de
acordo com as janelas de vidro que deixavam a iluminação tomar conta da casa.
Faltava pouco mais de trinta minutos para que o colégio abrisse as portas para
o primeiro horário, por isso decidi que não precisava me apressar e podia tomar
um café da manhã tranquilo. Ao fim das escadas, a primeira coisa que ouvi foi a
voz do Bob Esponja, e então me dirigi a sala ao invés da cozinha.
Como imaginei, McKayla, minha
meia-irmãzinha de quatro anos estava sentada no sofá com as perninhas
penduradas, gizes de cera e um caderno nas mãos, desenhando enquanto a esponja
falante fazia hambúrgueres de siri na tevê. O cabelinho dela, louro acobreado
como o meu costumava ser há muito tempo atrás, estava jogado pelos ombros. Ela
vestia seu pijama favorito — segundo ela própria —, branco e cheio de
macaquinhos. Aproximei-me dela e despejei um monte de beijos pela sua bochecha,
fazendo-a rir.
— Hayley! — gritou ela, com sua voz fina,
risonha e estridente, um monte de vezes, até eu finalmente soltá-la. Quando o
fiz, ela estava com o sorriso grande e estampado no rosto, recuperando-se das
gargalhadas. — Você me assustou! Eu estava desenhando!
McKayla é a única criança que eu já conheci
que tem a mania de falar tudo absolutamente certinho. Cate, minha madrasta que
é estranhamente bonita para uma mulher de trinta e sete anos, me disse que ela
costuma corrigi-la quando ela comete certas gafes. “Não se diz para mim fazer,
mamãe, e sim para eu fazer”.
Sinceramente, achei quase inacreditável que
uma criança de quatro anos pudesse fazer algo assim. Mas após conhecer McKayla
de perto, percebi que ela tem muito mais senso de veracidade do que muitos
adultos que eu conheço.
— O que você ‘tá desenhando? — perguntei,
sentando-me e colocando-a no meu colo. Pude ver a representação infantil e
quase tosca da esponja da tevê em uma das páginas do caderno.
— Estou desenhando o Bob Esponja — disse
ela tranquilamente. Inclinou-se para pegar o giz de cera laranja pressionou-o
contra o papel. — Mas se eu fizer isso... — ela começou, e notei que ela
desenhava os cabelos do Bob Esponja — ...é você!
Tive que gargalhar. Felizmente, depois de
toda uma infância aturando piadas sobre os meus dentes, aprendi a rir delas.
Desatei a fazer mais cócegas na barriga de McKayla como uma espécie de castigo,
e continuei fazendo até que ela perdesse o ar.
Finalmente soltei-a, de modo que ela risse
ainda mais, recuperando-se.
— Eu estou falando sério! — argumentou ela. — Você é igualzinha o Bob Esponja de
cabelo laranja. E o brinco no nariz. Eu preciso desenhar o brinco no nariz.
Eu ri novamente.
— É um piercing — expliquei, embora
soubesse que ela não iria entender. Mexi em seu cabelo desarrumado. — Ei, me
faz um favor? Quando terminar o desenho, cole na minha parede depois, ok? Faz
isso por mim?
— Estou ocupada agora — ela fez sua melhor
cara séria, pegando os desenhos de volta e apoiando-os no colo. Deixei-me
sorrir e beijei-a no rosto antes de ir até a cozinha, colocar alguma coisa na
boca e perguntar para o meu pai pela milésima vez como chegar à escola. Após
sua explicação como sempre detalhada, um beijo na testa e um “não, Hayley, você
não vai a escola dirigindo meu carro” — eu tinha de tentar —, coloquei minha
mochila surrada nos ombros, agarrei a chave e saí porta afora, triunfante e
eminente. Pronta como nunca para o primeiro dia de aula em uma cidade do interior
sulista. Vinte e seis minutos antes da
escola abrir as portas.
Nossa! Acho que nunca estive tão
pontualmente adiantada na vida!
Mas minha animação subitamente se foi
quando o sol cegou momentaneamente meus olhos. Droga! Ainda nem eram oito horas da manhã e eu conseguia sentir o
câncer se formando lentamente na minha pele por causa dos raios infravermelhos.
Maldade, poxa. Onde está a manhã fresquinha de outono?
Certamente não no verão, Hayley.
Com a vontade de dar meia volta se tornando
cada vez mais presente em mim, forcei minhas pernas a se moverem. Ainda estava
na frente da casa de meu pai, vendo seu Toyota cuidadosamente estacionado na
garagem ao meu lado que por algum motivo estava aberta, e todas as gramas da
vizinhança sendo vivamente alimentadas pelos regadores automáticos. Céus. Só faltava uma música de trinta
anos atrás tocando ao fundo, mas aí me dei conta de que meu cabelo colorido e
meu piercing certamente estavam quebrando a imagem de bairro perfeito, se
alguém visse de fora. Por isso forcei meu cérebro a parar de divagar e se
concentrar em me fazer andar até, pelo menos, chegar à rua.
— Ei, caramba, adorei seu cabelo! — a voz
feminina ecoou ao meu lado esquerdo, e virei o rosto imediatamente, sem parar
de percorrer a calçada. Uma garota, cabelo louro e de pontas verdes, olhos vivos,
sorriso maneiro, rosto redondo, estilo um tanto incomum. Usava um boné preto comum
para trás, anéis em quase todos os dedos da mão esquerda, uma camiseta que
destacava sua cintura e um short quase curto demais. All Stars pretos. Mochila
nas costas, um skate em uma das mãos. Devia estar indo para a escola também,
embora eu tivesse a sensação de que não a iriam deixar entrar com essas
vestimentas. — Onde comprou essa tinta? É tinta, não é? Ou tonalizante? Ou
papel crepom?
Não pude deixar de rir. Papel crepom! Sério, ela estava fazendo
piada ou acha que eu tenho seis anos de idade? Para dizer a verdade, a ultima
vez que usei papel crepom para pintar cabelo foi há três meses, para fazer uma
mecha rosa nas madeixas louras de Lexie, como a Barbie tinha. Seus pais me
autorizaram, e foi bem divertido, mas é necessário frisar que Lex tem apenas
cinco aninhos.
— É tinta — disse, por fim, preferindo
deixar a história de Lexie para outra hora —, comprei em Philadelphia — não
cessei meu sorriso. Por algum motivo, não queria ser rude com a skatista. Ela me
parecia até mesmo legal.
— Wow
— fez ela, surpresa —, Pensilvânia?
Fiz que não com a cabeça, encolhendo os
ombros.
— Mississippi — respondi, e vi seus
perdendo o brilho, tamanha a decepção. Claro que ela esperava que eu dissesse
que sim, eram da Pensilvânia, ou que pior, era do Tennessee. Mas nada é tão
ruim quanto vir do Mississippi.
Preconceituosos. Por isso mesmo que a
garota fazia essa cara de pena agora.
— Ah. Esse país não deveria ser
geograficamente tão confuso — disse ela, subitamente massageando as têmporas.
Sorri, achando graça do seu senso de humor. Agora seu rosto também ganhara
leveza, simpaticamente, embora ela não parecesse aquele tipo de menina que
fazia amizade com qualquer estranho que encontrasse na rua. Talvez meu cabelo
seja mesmo muito legal. — Se mudou
faz pouco tempo?
— Ah, sim, cheguei neste sábado. Sou...
filha do Joey Williams — me expliquei, apontando para a casa atrás de mim. Como
a menina estava bem na minha frente, não precisávamos mais gritar como no
início da conversa, como duas malucas. Mesmo que eu suspeitasse de que era
exatamente isso que éramos.
— Ah, o dentista? — a lourinha perguntou,
lembrando-se do meu pai sem ao menos fazer esforço. Sorri e assenti com a
cabeça. — Bem, somos vizinhas então. Moro do lado. A propósito, sou Dakotah,
sua nova best friend forever.
Isso me fez sorrir de verdade. Não pela sua
cara-de-pau iminente, pela sua piscadela ou pelo sorriso estranhamente sapeca
que ela deu em seguida. Mas sim por saber, lá no fundo, que isso poderia de
fato acontecer. Embora não conheça Dakotah, algo nela me é familiar, me deixa à
vontade, como quase ninguém havia deixado algum dia. E ela era minha vizinha,
não se pode simplesmente ignorar esse fato.
— Sou Hayley, bff — disse eu, dando ombros, e então estávamos rindo juntas.
Normal.
— Suponho que você está indo para a escola,
certo, Hayley? — perguntou Dakotah, pondo-se a andar. Me dei conta de que
passara seis minutos ao lado da minha casa, divagando e conversando com ela.
— Último ano, glória — disse eu. Dois quarteirões para a esquerda, sobe, mais
um quarteirão a esquerda, e eu vou ver o prédio da escola. Ok, tudo bem, eu
acho que conseguia chegar lá. Papai deixou tudo bem claro. — Você também, não?
— É, tenho que ir para aquele criadouro de
malucos — disse ela, e foi a primeira vez que percebi que Dakotah mascava um
chiclete. — Suponho que você esteja matriculada no Centennial High School, não
é?
Cavei na memória o nome do prédio que havia
visitado no dia anterior. Centennial. Putz!
Eu honestamente não me lembrava. Sabia que era um colégio público, sabia que
tinha “High School” no meio e sabia que era neste bairro. Mas se ele se chamava
Centennial? Nop. Não tinha ideia.
Por isso dei de ombros para Dakotah.
— É esse o nome do colégio desse bairro? —
perguntei, despreocupada. Interpretei sua risada como um sim. — Então é para lá
que eu vou.
No caminho para o colégio que durou meros
dez minutos — se Dakotah estivesse sozinha, conseguia fazê-lo em três com o
skate, segundo ela —, fomos conversando sobre as coisas que encontraria em meu
mais novo segundo lar, o Centennial High School. Precisava escolher oito aulas
semanais e pelo menos uma atividade extracurricular, que podia ir desde o
vôlei, a luta Greco-romana, o jornal da escola ou o clube de xadrez. Minhas
opções eram intermináveis, embora a maior parte daquelas garotas alienadas
batalhassem durante meses para entrar para a equipe da torcida. Isso por que a
Centennial tinha um ótimo time de futebol americano e blábláblá. Não interessa.
Nunca me interessei por esse tipo de gente e não é agora que vou me interessar.
Quando estudava no Mississippi, eu
costumava bater nos jogadores de
futebol. De verdade, a maior parte deles são uns maricas. Tanto que muitos
deles tinham medo de mim. Nunca sofri bullying por que era respeitada pelos
quarterbacks. Uma vez, aos doze anos, fui expulsa do meu antigo colégio por
quebrar uma das costelas de Kyle Martinson com uma cadeirada.
Eu tinha doze anos e ele queria me agarrar,
quando tinha catorze. O que queriam que eu fizesse?
Tudo bem que eu entendo que, em cinco anos,
muita coisa mudou com os meninos. Mas nada mudou com a madeira e o ferro maciço
que usam nas cadeiras. Elas continuam duras, firmes e doloridas se eu souber
como usá-las para golpear. E modéstia à parte, golpear é mesmo o que eu faço de
melhor.
Mas como papai está sendo um belo papai,
vou tentar não me meter em confusões, suspensões ou expulsões no meu novo
colégio esse ano. Vou controlar a raiva e o estresse, e vou até anotar tudo o
que a professora disser. Talvez eu até estude para os testes! Veja só. Talvez
eu faça mesmo uma atividade extracurricular. Por favor, serei uma filha tão boa
que papai não vai querer que eu saia da casa dele nunca. É sério! Escute, eu
combinei com Cate que iria cuidar de McKayla três vezes por semana e limparia a
casa toda quarta-feira. Falei até que deixaria meu quarto organizado!
É isso, sou uma nova Hayley. Uma nova
Hayley que não entra em confusão, que faz amigos no primeiro dia, que cuida da
irmãzinha mais nova e que beija caminhoneiros adolescentes gostosos sem os
conhecer. Tudo bem, apague o último item da lista, foi um momento de fraqueza.
Enfim
estávamos em frente ao Centennial, que era quase o que eu havia esperado mesmo.
Vi vários alunos dispersos pela rua, alguns casais se agarrando, alguns grupos
separados, alguns outros alunos sentados na grama conversando
despreocupadamente ou sozinhos, lendo um livro. Várias garotas histéricas,
louras e escandalosas, saltitantes como coelhos. Um estacionamento repleto de
garotos idiotas em volta de carros idiotas. E um prédio alto, cinza e eminente,
que dava a todos a ideia de que seria o melhor colégio da cidade quando na
realidade não era lá essas coisas. Mas Dakotah, que também já estudara no
Franklin High School, disse que o Centennial é menos insuportável.
Acredito nela, se você quer saber.
— Rae! O que diabos você fez no seu cabelo?
— um grito ecoou enquanto eu ria do que Dakotah me dissera sobre um professor
que tinha mania de cuspir. Ambas olhamos para o lado, vendo duas garotas se
aproximando de nós. Como eu sabia que Rae era o sobrenome de Dak, ficou claro
que aquelas eram Jenna e Kathryn, das quais ela já havia me avisado. Quem
gritara era uma garota loura com várias mechas azuis dispersas pelo cabelo, e
isso me fez rir, por que se ela reclamava da coloração do cabelo de Dak, não
deveria fazer a mesma coisa em seu próprio cabelo. — Ei, oi! Sou Jenna, adorei
o piercing.
Ainda sorrindo, acenei com a cabeça,
simpaticamente.
— Hayley — disse eu, apresentando-me.
— Você fala como se tivesse alguma moral,
não é, Rice? — Dakotah me cortou antes que eu pudesse continuar a conversar com
Jenna. — E, por favor, tire os olhos da minha garota. Já estava querendo roubar
o piercing dela antes de você.
— Ninguém vai roubar minha argolinha! —
exclamei, sem conseguir conter uma risada. Estávamos meio que gritando no meio
da rua, mas ninguém achava isso estranho. Talvez já soubessem que aquelas três
meninas eram mesmo malucas. — Custou cinco pratas. Não vou deixar ninguém
roubar sem arrancar uma gota de sangue.
— Wow,
ela é durona — disse Dakotah, afinando a voz. Sorri. — Posso lidar com
isso. Faço kickboxing desde os doze
anos de idade.
— Por favor — dei de ombros. Amadora. — Eu quebro colunas desde os doze anos de idade.
E então estávamos todas rindo. Eu suspeito,
apenas suspeito, que elas acharam que eu estava brincando. Certo, tudo bem,
deixo isso passar. Se elas soubessem o número de ossos de outras pessoas que já
fraturei, provavelmente ficariam com medo de mim.
— Eu iria dizer para você ficar longe
delas, por que não são uma influência, mas pelo que vejo você está em casa —
disse a outra garota, cabelos ondulados e castanhos, sotaque britânico, sorriso
aberto. Muito fofinha para andar com Dakotah e Jenna, mas ainda assim parecia
caber perfeitamente. — Sou Kathryn, é um prazer.
— Você ainda anda conosco, Camsey, então
cale a boca — Jenna deu de ombros e eu me perguntei pela primeira vez o porquê
de elas se tratarem pelos sobrenomes. Parecia medieval e esquisito, mas era
legal.
Aquelas garotas decididamente não eram
comuns.
— Eu não disse que eu sou uma boa influência — Kathryn deu de ombros, dando todo o
charme ao seu sotaque estrangeiro. Eu ri, acompanhada pelas outras garotas.
— Só tem a cara de santa, essa aí — disse Jenna,
me dando uma cotovelada e me olhando de um modo sapeca. Percebi que, com
certeza, Kathryn devia ter segredos obscuros que apenas aquelas garotas sabiam.
Mas não me meti e apenas concordei com a cabeça, argumentando que não duvidava
disso.
— Esse negócio de má influência não existe
— Dakotah deu de ombros. — E, além disso, Hayley veio do Mississippi. Já deve
ter visto muita coisa pior.
E então todas estavam me olhando com aquela
mesma cara, antes de desatarem a rir. Ok, não vou mentir, eu ri também.
— Ei! — exclamei, tentando acalmar os
ânimos. — O Mississippi não é tão ruim assim, vamos parar com o bullying!
Dakotah parou de rir para me encarar.
— Sofri bullying minha vida inteira por
parecer um moleque e sou feliz, então largue de frescura — ela disse, parando o
skate no chão e apoiando o pé direito nele. Na realidade, Dakotah realmente
tinha um jeito de moleque, mas ainda era gostosa. E eu suspeitava que ela soubesse
disso.
E eu também era meio moleque, poxa. Eu
tinha treze anos quando minha mãe perguntou pela primeira vez se eu era
lésbica. Minha risada alta e esganiçada provavelmente fê-la acreditar que sim,
até eu aparecer com os primeiros namorados.
— Parece um moleque, mas agarra metade dos
garotos da cidade. Meus parabéns, Rae — disse Kathryn, batendo palmas.
Gargalhei.
— Me deixe ser feliz! — Dakotah jogou os
braços para cima, fingindo-se de inocente. Eu bem que já suspeitava que ela não
fosse uma menina de muitas frescuras. Estava pensando no quanto admirava isso
quando, de relance, eu vi um par de olhos castanhos me encarando com ardor.
Puta
merda. Meu
coração acelerou, forte, parecendo uma metralhadora dentro do peito. Os olhos
dele estavam do mesmo jeitinho que eu me lembrava, chocolates e intensos,
misteriosos e infames, safados, maliciosos, pareciam ver além da minha roupa.
Com certeza ele não notou que meu rosto corara, mas deve ter notado minha cara
de surpresa. Por que naquela boca delineada e profundamente deliciosa nasceu um
meio sorriso, e uma palavra que eu obviamente não pude escutar, mas pude
distinguir. Baby.
Socorro.
— Hayley, por que você está flertando com
Josh Farro? — foi Kathryn que notou, e eu percebi que não havia escutado
nenhuma palavra da conversa delas desde o momento que peguei Josh me encarando,
as mãos no bolso da jaqueta de couro, ignorando completamente dois garotos que
conversavam ao lado dele. Quando meus olhos se prenderam nele, pareceu que meu
espírito se desprendera do corpo por um segundo.
— Não estou nada! — tratei de desmentir,
ficando de costas para Josh, simplesmente para que meu olhar não fosse atraído
para ele novamente. Mas agora, encarando a face das minhas novas colegas,
percebi por causa de seus sorrisos sapecas que elas não acreditaram em uma só
palavra minha.
— Você estava flertando com totalmente com o Farro! — Dakotah
apontou para mim, entoando a voz, acusando-me descaradamente.
Oh, no.
— Não estava, ok? — disse eu, tentando
manter a calma. Dei de ombros, despreocupadamente, transmitindo o máximo de
confiança possível. — Escutem, eu estava vindo de Philadelphia para cá, mas meu
ônibus me expulsou. Então eu peguei uma carona em um caminhão com um senhor
simpático, e por acaso, Josh é o filho desse senhor, e estava no caminhão com
ele. Apenas estava me certificando de que esse era o garoto que vi no sábado.
Wow, aplausos para mim! Nem sequer menti
nada, veja só que lindo, eu apenas omiti alguns detalhes sórdidos e não
importantes (só que não). Some isso à minha verdadeira capacidade de esconder
os sentimentos e ao meu dar de ombros superconvincente, e pode ter certeza: eu
havia me saído particularmente muito bem. Yes!
— Oh, meu Deus — fez Kathryn, levando as
mãos à boca. Seu olhar me encarava com algo muito parecido com pena. — Ela está
infectada.
— Está mesmo — concordou Jenna.
— Com certeza — Dakotah fez que não com a
cabeça, como se eu houvesse acabado de dizer que todas as paredes do meu quarto
eram completamente cobertas por posters dos Jonas Brothers.
O
quê?! Ok,
isso havia me confundido. Talvez minhas capacidades de mentir não estejam tão maravilhosas
assim. Droga, é o tempo que passei com minha irmãzinha! A inocência dela havia
aplacado o lado negro da minha alma.
Ou talvez não.
De qualquer maneira, ainda estava confusa. Infectada? O que diabos essas garotas
estavam querendo dizer?
— Como é? — perguntei, então, sem esconder
a pura confusão que se alastrava pelo meu rosto.
— A Maldição Farro — disse Dakotah,
apertando os lábios. — Você está infectada pela Maldição Farro.
Não pude controlar, ok? A gargalhada
escapou pela minha garganta antes que eu pudesse tomar conta de que estava
rindo feito uma louca. As palavras de Dakotah continuaram a ecoar na minha
mente e eu só conseguia pensar que nunca ouvira algo tão idiota na minha vida.
— Vocês não tem o que inventar? —
perguntei, tentando me controlar. As meninas me encaravam num misto de humor e
mistério, como se tivessem que controlar o riso para me fazer acreditar na
maldição.
— Diz a lenda — foi Dakotah que começou,
mas teve de deixar sua frase morrer para controlar o riso desesperadamente. —
Diz a lenda que, quando um Farro, qualquer um, quer ficar com uma garota, ele
sempre consegue. Por mais que ela seja certinha, ou não queira, no momento em
que ele decide ficar com ela, ela é infectada pela Maldição e acaba cedendo. Nossa
querida Jenna já se infectou uma vez.
Viramos o rosto para Jenna, que subitamente
parou de segurar o riso, deixando seu rosto limpo dar a passagem completa para
a fúria.
— Eu estava bêbada! — gritou ela, como se
fosse a milésima vez que repetisse aquilo.
— Não importa! Ficou com o Farro mesmo
assim! — Dakotah gritou também, acusando-a.
— Mas eu nem me lembro dessa noite!
— Ainda assim, agarrou ele, foi infectada!
— Dakotah deu de ombros enquanto Jenna bufava de pura raiva. Obviamente não se
orgulhava de ter ficado com Josh Farro, embora nem sequer conseguisse se
lembrar, segundo ela. Mordi o lábio inferior. — E você também, não é, Williams?
Não parei de morder o lábio e encarei
Dakotah ao meu lado esquerdo. Mesmo se eu dissesse que não, eu sabia que ela
iria me pressionar até que eu revelasse a verdade. Então... o que eu poderia
fazer? Oras.
— Bem, talvez um pouco — disse eu,
preparando-me para o mar de risadas que de fato e seguiu após eu proferir
minhas palavras.
Acontece que elas não entendiam que eu não
estava infectada por maldição nenhuma. Foi apenas um momento de fraqueza, ok?
De repente eu estava bem, sabe, carregando minhas malas e encarando minha mais
nova rua com cara de subúrbio, e aí do nada o garoto estava na minha frente,
agarrando minha cintura e sussurrando no meu ouvido. Quer dizer, que garota não
ficaria balançada? Embora Josh Farro não seja um modelo, ele ainda é bastante
gostoso, e aquele piercing na boca é simplesmente perturbador. Qualquer garota
concordaria comigo, ora! Além disso, eu queria
ter beijado Josh naquela tarde. Se não o quisesse, não o teria feito.
Simples assim.
— Olha, Williams, quer um conselho? — disse
Dakotah, colocando a mão cheia de anéis no meu ombro esquerdo. — Se desinfecte.
Essa palavra existe? Não importa, se desinfecte. Josh não é o tipo de cara que
vale a pena você ficar, quer dizer, ele é bastante detestável. Tudo bem, ele
pode ser bonito, rico, e um bom quarterback desde o primeiro ano, mas ainda não
vale a pena. O cara agarrou pelo menos metade dessa cidade. Até hoje só conheci
duas meninas minimamente gatas que não ficaram com ele, e essas são Kathryn e
eu. Olhe em volta, todas as louras, ruivas, morenas, negras, amarelas, não
importa, que você ache que é bonitinha; ele já agarrou.
Confesso que havia parado de escutar quando
ela disse a palavra “rico”. Foi por isso que exclamei, estupefata:
— Rico?!
Um enorme ponto de interrogação formou-se
em minha cabeça, confundindo meus pensamentos de todas as formas possíveis. Não
que eu me importe com isso, mas Rick e Josh não me pareceram exatamente caras
afortunados. Isso me parecia tão surreal que era quase como se estivéssemos
falando de pessoas diferentes.
— Sim, Hayley — foi Kathryn que falou, uma
risada calma ecoando pela sua garganta. Jenna e Dakotah se entreolharam com o mesmo
sorriso no rosto. — Richard Farro é dono de uma das maiores frotas de caminhões
e transportes do Tennessee. A sede fica em Franklin por que o coroa se criou
aqui com a família e tudo mais, além de que Franklin tem terras baratas e o
transporte daqui para outras cidades dos arredores e, é claro, o resto do país,
é bem favorável. Boa parte dos pais das pessoas que você vê por aqui trabalha
para os Farro, por isso Josh é tão popular. Claro que, esse ano, seu irmão
Zachary também vai ganhar sua glória, mas isso é outra história. O Farro mais
velho, Nate, que também fez história no Centennial, está estudando em Stanford
para sustentar o império milionário do pai nessa próxima geração.
Meu cérebro parecia ter dado um nó.
Massageei as têmporas lentamente, tentando digerir toda aquela informação bem
calmamente. É que tudo ainda me parecia muito surreal.
— Mas se eles têm um império milionário —
as palavras ainda pareciam não querer sair pela minha garganta —, por que
diabos encontrei Rick e Josh dirigindo um caminhão de transportes no meio do
nada?
O sorriso de Kathryn parecia que ia engolir
sua cara.
— Rick Farro é um homem muito simples,
sabe? Caipira mesmo. Daqueles que andam com chapéu de palha e 38¹ na cintura,
mascando tabaco. Ele começou a empresa do zero, muito novo, com seu próprio
sangue e suor, enquanto a esposa cuidava de um filho atrás do outro. Quando
tudo começou a prosperar, obviamente, ele não precisou trabalhar mais
entregando cargas, mas é isso que ele ama fazer — Kathryn explicava tudo como uma
verdadeira documentarista. — Felizmente, é isso que seus filhos gostam também.
Então, vez ou outra, o chefe se torna o operário. Não é muito constante, mas
acontece. É que a família Farro presa muito o trabalho.
— Camsey é a editora-chefe do Centennial Jornal
— disse Jenna, apressando-se a me explicar enquanto notava minha cara confusa.
— Ela sabe da vida de todo mundo.
Isso explicava o profundo conhecimento de
Kathryn em relação à vida do carinha que eu havia beijado ante ontem, mas não
explicava nada em relação à família esquisita dele. Quer dizer, como aquele senhor supersimpático, que
me chamara de criança e que tinha um crucifixo de plástico azul emaranhado no
retrovisor era podre de rico?! E como
assim aquele garoto extremamente provocante que me levara até a minha casa,
me beijara e tinha a irritante mania de me chamar de “baby” também era podre de rico?!
Isso era apenas muito para a minha cabeça!
Muita coisa para pouca Hayley!
— Depois do interessantíssimo documentário
biográfico detalhadamente descrito por nossa narradora do Discovery Chanel
preferida — Dakotah recomeçou, fazendo com que Jenna risse e Kathryn revisasse
os olhos —, eu volto para o meu conselho. É sério, Williams. Você não vai
querer ser mais uma amaldiçoada. Desencana.
Eu sorri para Dakotah a afirmei que não
estava infectada ou amaldiçoada, e logo nosso assunto tomou outro rumo que não
era Josh Farro. Mas mesmo enquanto conversava com minhas novas amigas, eu podia
sentir o peso do olhar dele sobre os meus ombros (ou pior). Convenci a mim
mesma de que Dakotah, entretanto, tinha toda razão. Ela me dissera que Josh já
agarrara metade dessa cidade. Metade de cinquenta e seis são vinte e oito. Meu
Deus, vinte e oito mil pessoas! Sabe o que são vinte e oito mil pessoas?
Tudo bem, talvez ela estivesse sendo meio
exagerada. Mas de qualquer forma, Josh era exatamente o estilo de cara que eu
desprezava e esmurrava em Meridian. Riquinho e arrogante, jogador de futebol
detestável, e provavelmente tinha aquele temperamento de pegador que escondia
um baita de um papai-eu-quero-ser-gay embaixo da máscara. Ok, talvez não.
Conhecendo Josh o pouco que pude, vi que ele não era tão maricas quanto... Kyle
Martinson, por exemplo. Ou quem sabe seria? Quem era eu para saber quem era
aquele garoto por dentro? Bem, não importa. O que importa é que Dakotah e as
demais meninas tinham razão e eu não iria ficar com Josh de novo.
Só foi difícil me lembrar disso quando
olhei novamente em seus olhos chocolates, terrivelmente preguiçosos e
maliciosos, pouco depois do sinal bater. Embora não estivesse com seu chapéu de
vaqueiro, ainda continuava um tanto caipira com sua jaqueta de couro, e só o
que contrastava nele era seu piercing e seu cabelo enorme. Antes que eu pudesse
me dar conta, ela já acenava para mim vagamente com a cabeça, sorria de um
jeito que me fazia derreter e sibilava um “te vejo na aula, baby” só para que
eu percebesse.
E foi então que eu me peguei querendo calar
aquela boca da maneira que calei no outro dia.
Oh, merda. Dakotah tinha razão.
Eu estava infectada pela Maldição Farro.
POR FAVOR, EU ADORO ESSA FANFIC. AUIAHEIAUHEAIUEHAIEUH
Escrever pra Trucker é fácil e simples, as palavras simplesmente fluem como água na nascente fodeu, to poética hoje, e por favor, puro amor tudo isso.
Essa Hayley é tipo, minha heroína. E POR FAVOR, QUEM TÁ APX POR ESSA MCKAYLA? SOS QUERO UMA IRMAZINHA ASSIM S2S2S2S2 e essa Dakotah. Apaixonadaaaaaaaaaaaaaaaaaa por essa Dakotah. E ESSA KATT, ESSA JENNA, AMBAS LINDAS, AMODOREI ESCREVER ELAS TAMBÉM.
E gente, a ideia da maldição foi ridícula, mas engra. Ok. ÇÕPAKSLÃPOLAS PODEM ME XINGAR, EU AGUENTO.
Beleza. Amores, esse é o último post da Trucker em 2012, e eu quero que vocês saibam que esse ano só valeu a pena por causa de vocês. Ano que vem, mais fics e mais amor, tá?
Brigada, de verdade, por estarem aqui.
#chora
Enfim. Só peço de presente de fim de ano, pfvr, bebê, comenta pra mim aqui embaixo *U*
Muito amor, muita paz, e dinheiro,
Sarinha ♥ Até 2013!