23 de set. de 2012

Epílogo


8 anos depois

Era uma segunda-feira incomum.
Na casa de Hayley e Josh Farro, todos estavam presentes.
Hayley havia feito uma festa um dia antes, e agora, havia tirado a segunda-feira de folga para cuidar do marido... e dos filhos.
Jeremy e Katt, Taylor e Dakotah apareceram para passar o dia com os amigos. Afinal, fazia um tempo que eles não se juntavam na casa de alguém, pegavam um violão e re-faziam a Paramore.
Eles tocavam as músicas antigas, e algumas novas (como Hallelujah e The Only Exception). A banda para eles agora era apenas um hobbie.
As crianças?
Elas amavam a música dos pais. Luke, por exemplo, já começara suas aulas de violão. Tinha como meta aprender a tocar Pressure.
Joseph Williams Farro, tinha apenas dois anos de idade, mas só dormia ao escutar We Are Broken. Outro fã dos pais.
Ah, claro! Os filhos de Josh e Hayley. Joe era o mais novo dos três.
Sim, três.
Nos dedos de Josh e Hayley, hoje, se encontravam alianças de ouro. As de papel, que eles usaram em seu casamento quando criança (no caso de Hayley, apenas ela guardou) e no casamento surpresa, estava emoldurada numa mesa de canto, na sala, ao lado de uma foto da família inteira.
— JOSH! — Escutou-se o grito de Hayley, vindo da cozinha.
— O que foi? — Ele disse, entrando.
— Olha só o que o seu filho está fazendo. — Ela disse, irritada.
Joe estava sentado no chão da cozinha, com o rosto, a roupa e as mãos completamente meladas de pasta de amendoim.
— Oh Deus.
— Vá limpar o seu filho, ok.
— Meu filho? — Josh indignou-se. — Agora é meu filho? Incrível, por que quando ele é elogiado pelas professoras da escolinha, é seu filho também.
Hayley revirou os olhos.
— Escuta, faz o que eu te mandei! Pega o Joe e leva ele pra banheira, ok?
— Por que você não faz isso?
— Por que eu estou mandando você ir!
— Mas você é a mãe. Esse é o seu dever.
— Eu já carreguei esse bebê nove meses na barriga. O mínimo que você pode fazer é dar um banho nele quando ele arranja encrenca!
— Mas eu já dei um banho nele hoje!
— Não sei se você notou, mas não foi o suficiente. — Ela apontou pra criança que enfiava toda a mão dentro da boca.
— Vamos fazer o seguinte: Você dá um banho nele agora e da próxima vez eu dou.
Hayley suspirou.
— Certo. — Revirou os olhos. — Mas se você não der da próxima vez, eu...
— Pode deixar, eu dou. — Ele sorriu.
Ela fez que não com a cabeça, deu as costas e foi em direção a criança.
— Ei. — Josh a chamou e ela se virou para ele.
— O que foi?
— Eu amo você. — Ele sorriu e a olhou ternamente nos olhos.
Hayley, sem êxito, tentou reprimir um sorriso. Acabou sorrindo de verdade e indo em direção ao marido.
Beijou-o.
— Ei, vamos parar com a sacanagem aqui! — Katt disse, chegando à cozinha. — Tem criança na casa.
Hayley e Josh separaram os lábios e terminaram o beijo com alguns selinhos, enquanto riam.
— Como acha que eles foram feitos? — Josh.
— Urgh. — Katt rosnou e Josh gargalhou.
Hayley, finalmente, foi em direção a pequena criança.
— Joe! O que eu te falei sobre comer pasta de amendoim sem eu autorizar, hein?! — Ela bronqueou o garoto, que a olhou com culpa.
— Desculpa mamãe. — Ele respondeu com lágrimas nos olhos.
— Tudo bem, mas eu só estou dizendo que você não pode comer! Se você fizer isso de novo vai ficar de castigo e...
— Mamãe... Eu amo muito você, mamãe... — Ele começou a mexer na perna de Hayley, chamando sua atenção, e não deixando-a falar.
— Eu sei, eu também amo você. Só estou dizendo que...
— Mamãe... mamãe... eu amo muito você... mamãe...
— Joe, eu sei. Mas você não pode comer nada sem que eu não deixe!
— Mamãe... mamãe... eu amo muito você... mamãe... — Ele começou a chorar.
— Own, seu lindo da mamãe. — Ela o pegou no colo. — Eu também amo muito você, ouviu? Vamos tomar um banho.
Hayley se deu por vencida, afinal.
Katt assistia toda a cena sem acreditar.
— O seu filho é muito malandro. — Ela comentou com Josh.
— Eu sei. — Ele riu.
Joseph era realmente o mais sapeca. Vivia se metendo em confusão e sempre saía dela dessa forma.
Ele tinha os olhos perfeitamente verdes, como os da mãe, e os cabelos levemente loiros. Os lábios eram carnudos e avermelhados.
Parecia um anjinho. Só parecia.
— Falando em seu filho, onde está o Nate? — Katt perguntou.
— Não sei. Vou procurá-lo.
Josh começou a gritar o nome de seu filho do meio enquanto o procurava.
O achou em seu quarto.
Nate estava se olhando no espelho. Em seu pequeno corpo, havia uma enorme farda de soldado. Ele levava a mão a cabeça e tirava, cumprimentando a si mesmo militarmente.
— Nate... — Josh suspirou. — O que eu te falei sobre pegar as minhas fardas?
— Desculpa papai, não pude evitar. — Ele torceu os lábios e Josh o pegou no colo, sentando-o no criado-mudo, e fazendo o pequeno garoto de cinco anos de idade ficar quase do tamanho dele. — Eu queria ser como você... queria poder vestir a minha própria farda e virar General...
— Nathaniel. Você tem o nome do soldado mais valente e corajoso que eu já conheci em toda a minha vida. Ele com certeza olha por você e, acredita, filho, com certeza você será um General melhor do que eu. Para orgulhar não só a mim, mas como ao Nate, e a você mesmo. Você só precisa esperar, Nate. Você será incrível, ao tempo certo.
Nate sorriu.
— Obrigado, papai. Você é o melhor pai do mundo. — Ele abraçou Josh, que colocou a mão na cabeça do filho.
Nathaniel Williams Farro era a cópia do pai. Parecia tanto que impressionava.
Tinha os mesmos olhos castanhos chocolate, grandes e puros. Tinha o mesmo sorriso cativante. O mesmo cabelo liso. Os mesmos traços faciais...
E não era só nisso que Nate se parecia com o pai.
Ele era forte, se importava com os outros, e o sonho de sua vida era ser um General.
A relação de pai e filho que havia entre os dois era linda de se ver.
Josh bagunçou o cabelo do filho, que sorriu. O ajudou a tirar a farda enorme e colocar sua camiseta normal.
— Vamos para a cozinha. A tia Katt deve estar preparando algo bom para nós comermos.
— Oba! — Ele gritou e pulou no colo do pai, que o levou para a cozinha.
Quando eles chegaram por lá, tinham razão. Katt e Dakotah estavam preparando brigadeiro.
— Hm... chocolate! — Josh disse olhando as panelas.
— São para as crianças. — Katt bufou.
— Se é que o Joe agüenta mais doce, porque né. — Dakotah riu.
Ela não tivera filhos com Taylor, mas estava crente de que um dia, Deus lhe daria essa benção.
— E onde estão as crianças? — Josh perguntou. — Só estou vendo meu garotão aqui.
— É! — Nate se manifestou.
— Joe está saindo do banho e Luke está brincando com a Soph. Não se preocupe, mais cedo ou mais tarde eles aparecem para comer.
— Quero chocolate, tia Katt! — Nate pediu e Kathryn sorriu.
— Espera um pouco, tá quase pronto.
Sophie Williams Farro era a filha mais velha de Josh e Hayley. Nasceu um ano depois do casamento surpresa dos dois.
Tinha os olhos castanhos do pai, e os cabelos loiros da mãe (na época em que não conhecia a tinta capilar). Seus dentes eram levemente separados, o que a fazia lembrar mais de Hayley. Suas bochechas eram rosadas e seu sorriso, cativante.
Ela era muito esperta, mesmo tendo apenas sete anos. Começara a fazer aulas de piano há pouco tempo e já havia aprendido muita coisa. Sua voz... era linda... Mesmo com pouca idade, alcançava notas que a mãe dela só foi alcançar tempos depois.
— Tá contigo, Soph! — Gritou o garoto de oito anos e meio. Ele tinha os cabelos castanhos claro e os olhos azuis como o oceano. Seu sorriso poderia levar qualquer um aos céus.
Sophie correu atrás dele o máximo que pôde, até alcançá-lo.
— Tá com você agora, Luke! — E saiu correndo.
Luke correu atrás da melhor amiga e a alcançou novamente.
— Certo, certo. — Ele parou de correr. — Acho que me cansei dessa brincadeira.
— É, eu também. — Sophie concordou e encarou o amigo.
— Vamos entrar.
Eles deram as mãos e entraram na casa da mãe de Sophie.
Deixaram-se cair no tapete da sala.
Luke se sentou e olhou para Sophie. A abraçou sinceramente.
— Eu amo você, Soph. — Ele disse.
— Eu também amo você, Luke! — Ela disse retribuindo o abraço.
Luke pensou um pouco e logo após, indagou:
— O que duas pessoas que se amam devem fazer?










Fim

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