22 de set. de 2012

Capítulo 26

Two guys. A girl. The same passion.



Hayley, Josh e Zac — a Paramore, tocaram mais quatro vezes a musica We Are Broken. Toda vez que terminavam a música sem erro, eles se sentiam mais alegres. Terminado o primeiro ensaio da banda, Zac voltou para suas rosquinhas, e Josh e Hayley foram para o quarto dele.
— Uou — disse ela —, que... limpo.
— Em comparação com o seu... — Josh disse sorrindo.
— Cala a boca.
Ele riu. Ela se jogou na cama, bagunçando a mesma.
— Não consegue não bagunçar nada?
— Não — ela disse sorrindo. Ele sorriu e pulou na cama do lado dela e passou a acariciar seus cabelos.
— Lembra quando a gente começava a pular na cama, cansava e eu mexia no teu cabelo?
— Uhum — Ela respondeu de olhos fechados sentindo o prazer do cafuné. — só você sabe mexer no cabelo tão bem...
Ele sorriu de canto e pegou um travesseiro.
— E lembra quando... — ele para o cafuné e dá uma travesseirada nela — ...a gente brigava de guerra de travesseiros?!
Ela se levantou rapidamente com um sorrido irritado e abobalhado no rosto.
— Eu só lembro que ganhava sempre de você! — Ela disse, pegando um travesseiro e lhe dando uma bofetada no rosto. Eles levantam e ficam em pé na cama, e começam a trocar travesseiradas. Ela derrubou ele da cama com uma travesseirada e ele se pôs de pé no tapete. Ela pulou da cama ficando no tapete e dando mais bofetadas nele.
Os dois riam como duas crianças abobalhadas.
O amor é abobalhado mesmo.
O travesseiro de Hayley é o primeiro a estourar e espalhar espuma. Não tarda até o de Josh fazer a mesma coisa. Finalmente, depois de no mínimo cem batidas de travesseiro a guerra acaba. Sem nenhum vencedor.
— Lá se foi a organização do meu quarto... — Josh choraminga olhando seu quarto repleto de espuma. Ela o agarra e cai com ele no tapete.
— Ficou melhor assim. — Ela sorri e o beija.
Depois do beijo ele se senta e ela deita em seu colo, e ele passa a acariciar seu cabelo novamente.
— Josh... — ela começa
— Que foi?
— ...eu... vi a Jenna hoje...
— Viu, é?
— Ela me ameaçou.
— Não se preocupa. Ela não vai fazer nada.
— Não tô com medo. Ela tem medo de mim. — Ela sorriu.
Depois de um tempo namorando, Hayley se despediu. Tinha que ir.
Foi para a sua casa devagar, pensando na ótima tarde que teve.
Forçou a porta e ela estava trancada. Sua mãe ainda não havia chegado. E ela estava sem a chave. Discou o número da mãe e ela atendeu.
— Oi amor.
— Mãe, cadê você? Não disse que voltaria as 6?
— Estou no trânsito. Tive uns imprevistos.
— Oh my. Mãe, eu tô do lado de fora.
— Ah, desculpa amor. Vou fazer uma cópia da chave pra você.
— É... é bom. Então eu vou pra casa do meu pai...
— Tá certo.
— Beijo.
— Beijo, te amo.
Ela desligou o celular e seguiu em direção a casa do pai.
“Devia ter ficado na casa do Josh.”
Chegando lá ela três vezes na porta.
Nada.
Mais três.
Nada.
Se Isabelle tinha ido brincar na casa de Erica como eles não estavam em... ah, sim. Ela se lembrou que Erica convidou Isabelle pra ir ao clube, e não brincar na casa.
Bufou.
Voltar pra casa de Josh era inviável, então... o certo era ir a algum restaurante e esperar o tempo passar.
Foi em direção ao centro da cidade, e decidiria aonde ficar.
Estava quase chegando quando percebe algo a seguindo. Uma moto.
Tenta andar mais rápido, a moto ainda a segue.
Ela estava quase correndo quando o motoqueiro levanta o capacete e dá um sorriso.
Ela parou de andar.
Sem perigo.
— Uma donzela perdida nessa cidade, oh my God. — Ele diz e sorri malicioso.
— Não estou perdida, Jason. — Hayley diz e ri.
— Pra onde tá indo?
— Estou... é... só indo comer algo.
— Quer uma carona? Olha que você nem tá de gesso. Não tem como negar.
Ele sorria... sensualmente, pra dizer o mínimo.
Era impossível não rir também.
— Não, obrigada. Tô bem de pé.
— Ah, que isso. — ele começou em protesto — Você vai ter que comer mesmo, não é? Por que não comer com alguém? E outra, eu conheço um lugar maneiro há alguns quilômetros daqui.
Ela ainda hesitou um pouco, mas aceitou.
— Certo, certo. Vamos.
Ele sorriu vitorioso.
Jason fez duas paradas.
A primeira foi em uma lanchonete. Ele fez um pedido normal. Sanduíches, batata frita, refrigerante e milk-shake.
— Lugar maneiro? Alguns quilômetros? A gente não andou nem dois quilômetros direito!
— Calma menina! — ele sorriu — É que o lugar que eu vou te levar não servem comida...
— Vai me levar pra um show de metal, é?
— Talvez outro dia — eles riram —, mas hoje eu vou te levar em outro lugar.
— Que lugar?
— Calma, Hayles. Você já vai descobrir.
Ele pegou os pedidos e os dois racharam a conta. Então eles novamente montaram na motocicleta e ele seguiu.
Saiu de Franklin, e parou em um lugar montanhoso. Uma espécie de pedra, que dava pra ver a cidade inteira. Típico de filme da Sessão da Tarde.
As estrelas e a lua minguante ficavam bem mais evidentes daquele lugar.
Franklin, mesmo muito pequena, ficava completamente iluminada.
Era lindo.
— Uau — exclamou Hayley —, eu... Nossa!
— É... — ele sorriu, descendo da moto. Ela fez o mesmo. — é lindo.
Ele pegou os sanduíches e sentou no chão empedrado. Hayley fez o mesmo. Ela pegou a batatinha e foi comendo enquanto admirava o lugar.
— Como descobriu esse lugar? — Ela perguntou.
— Assim que cheguei aqui eu e a Trudy andamos por toda a cidade.
— Trudy?
— É a minha moto.
— Você deu um nome pra moto?
— Que foi, algo contra? Não diz que você nunca nomeou algo imaterial que você gostasse.
— Eu nunca fiz isso. — Eles riram.
— Ela é tão especial pra mim que eu decidi dar um nome a ela.
— Ahn, tá.
— Voltando ao assunto, eu e ela andamos toda a cidade. Saindo eu achei esse lugar. Achei lindo, e desde então, eu venho quase toda noite pra pensar... ou tocar um pouco de violão. A beleza e suavidade desse lugar é o que me fez gostar dessa cidade.
— Hmm...
— Falou “hmm...” por causa do que eu disse ou por causa da batata frita?
— Ér... acho que os dois.
Eles riram.
— Ahnn...
— Falou “ahnn...” por causa da minha resposta ou por causa do hambúrguer?
— Acho que os dois.
Hayley gargalhou.
— Você disse que toca violão.
— É... mas meu instrumento é mesmo o contra-baixo. Tocava baixo em uma igreja lá em Los Angeles.
— Igreja? Você tocava numa igreja?
— Só por que eu gosto de rock não quer dizer que eu não posso ser cristão.
— Tem razão, desculpa.
— Não, tudo bem. Mas como eu tava dizendo, já tem um bom tempo que meu baixo tá parado.
— Eu estou em uma banda... assim, a gente se formou hoje, e estamos sem baixista.
— Sério? Eu gostaria de entrar.
— Vou falar com os garotos.
— E quem são eles?
— Zac e Josh Farro.
— Ahn... Josh... aquele cara que tava com você, né?
Ela ficou em silêncio.
— Ele nunca vai me aceitar na banda dele.
— Se você for bom, ele não vai poder negar.
— Não sei não... Você tá com ele?
— Como?
— Vocês estão tão... grudados ultimamente. — Ele disse e tomou um gole de coca.
— Estamos... juntos.
— Namorando?
— Não oficialmente.
— Mas saem juntos? Tipo, fazem coisas de namorado?
— Ér... acho que sim. — ela disse meio desconfortável — Mas e você? Todas as garotas do colégio se interessaram em você.
— Me interessei em uma... mas ela não me quer.
Hayley ficou quieta.
O melhor é não saber quem é essa garota. Mesmo que ela já tenha uma idéia de quem seja.
— Bem... acho que é melhor eu ir.
— Te levo em casa.
Ela apenas concordou. Quando ia subir na garupa da moto, ele disse:
— Quer pilotar?
— Como?
— Pilotar, a moto.
— Nunca fiz isso antes.
— Eu te ensino.
— Ok... eu quero sim. — Ela sorriu.
Hayley se acomodou na moto. Jason sentou em sua garupa.
— Olha, essa moto é 750 cilindradas, então você tem que ter calma. Ela é um pouco mais potente do que as convencionais, mas não é muito difícil de pilotar. Você vai fazer exatamente o que eu te disser.
— Certo.
— Então, coloca o pé ali e gira a chave.
Ela colocou o pé e girou a chave. O motor roncou.
— Agora você vai acelerar e soltar a embreagem devagar, certo? — Ele disse calmamente.
— Uhum.
Ela acelerou um pouquinho e soltou a embreagem muito devagar. A moto começou a andar, dando uns trancos.
— Bom! Muito bom! — ele parabenizou. — Muito bom pra primeira vez.
O frio na barriga e a sensação de estar pilotando uma moto é algo indescritível. Ela andou só um quilômetro, no máximo, e freou bruscamente, o que fez os dois rirem.
— Cara! Que incrível!
— É... — ele fez carinho no tanque da moto — ...a Trudy faz milagres!
Eles gargalharam e ela subiu na garupa, e os dois seguiram para a casa de Hayley.
Ela desceu e entregou o capacete pra ele.
— Obrigada Jason. — ela disse.
— Obrigado você — ele sorriu —, foi uma das noites mais legais da minha vida. Olha — ele andou uns quatro passos até o vizinho e pegou uma rosa do jardim dele —, pra demonstrar a minha alegria.
Ela riu e pegou o “presente”.
— Obrigada.
Ela entrou em casa. Sua mãe estava no banho.
Foi até o quarto e guardou a rosa amarela.
Jason, por sua fez, demorou um pouco para sair da casa da menina de cabelos de fogo.
Esse era o início de um sentimento que fluía no coração do rapaz.
Porém, queridos leitores, acalmem seus corações. Por mais que Jason seja irresistível, Josh é o idiota que Hayley ama. Ela não sente absolutamente nada por Jason. Eu, como escritora e narradora principal desta história, seria uma cretina se mudasse o casal principal.
Não gosto muito de mistérios, mesmo que seja necessário um pouco para o desenrolar desta história.
Não vou falar mais dos próximos capítulos dessa história. Só direi mais uma coisa. Por favor, prestem atenção nesta próxima frase:
Jason Bynum não será um problema, mas sim, uma solução.
O problema aqui se chama Jenna. Jenna (Vaca) Rice.

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