22 de set. de 2012

Capítulo 16

A flirt, a cool evening and a difficult morning.



Quando Hayley estava atravessando a rua, no caminho de volta pra casa, ouviu a aguda voz de Sarah a gritar. Esperou ela vir.
— E aí, o que deu com o Jerm? — Ela perguntou.
— Na hora que fui falar com ele bateu o sinal. Ele ficou de ir a minha casa hoje. — Sarah disse ofegante, por ter ido correndo ao encontro de Hayley.
— Hum... — Hayley sorriu e elas começaram a andar.
— Por que tá rindo?
— Nada... — Ela continuou rindo. Sarah entendera. — Ele tá bem ali, por que você não fala com ele agora? — Ela disse se referindo a Jeremy, que estava encostado na parede lendo alguma coisa.
— Eu... eu... prefiro esperar. — Sarah disse gaguejando, demonstrando medo na voz.
— JEREMY, VEM CÁ, A SARAH QUER FALAR CONTIGO! — Hayley gritou e Sarah sentiu imensa vontade de se transformar em um avestruz e enfiar a cabeça nas areias quentes do deserto do saara. Se é que lá haja avestruzes.
— Hayley, tu tá doida minha filha? — Ela disse de uma vez. Tentou correr, mas Hayley a agarrou pelo braço.
— Sarah, deixa de ser boba. Você já é amiga dele há quanto tempo?
— Dois anos...
— DOIS ANOS? Ah, já é demais. BORA JERM, VEM CÁ LOGO! — Jeremy acelerou o passo.
— Que foi? — Ele disse frio. Ainda estava com raiva por Sarah elogiar o Farro. Hayley deu uma grande cotovelada em Sarah.
— Ai! Er.. por que você saiu daquele jeito, no intervalo?
— Ah... eu...
— Gente! Olha a Dakotah ali, eu preciso falar com ela. Falou galerinha. — Hayley disse e saiu. Sarah a olhou como se fosse matá-la. Hayley riu sonoramente. Vingança!
Foi rápido e ficou ao lado de Dakotah.
— Oi Hayley.
— Oi, Dak. Fica quietinha, eu só vim aqui pra ver a cena.
— O que tá acontecendo?
— Jeremy e Sarah.
— JUUURA? Até que enfim! Eles já andam juntos, há, sei lá. Uns dois anos.
— É... pois é. Finge que tá conversando comigo.
Elas começaram a conversar qualquer coisa. Hayley não conseguia escutar o que os dois estavam dizendo. Viu Jeremy falar, falar, falar. Depois Sarah o cortou, ele levou as mãos a cabeça. Abaixou a cabeça e começou a falar mais. Sarah ficou assustada e seus olhos começaram a brigar. Ela falou um pouco e... ah, ele pegou o queixo dela e a beijou.
Hayley comemorou feliz com Dakotah. Logo depois Jeremy deu um selinho em Sarah e saiu andando (lê-se pulando de felicidade).
— Ai, Dak, brigada por me ajudar! Haha — Hayley disse.
— Que nada! Pra que servem os amigos, né?
— Haha, com certeza. Valeu, vou lá. — Ela disse e foi em direção a Sarah com o melhor dos sorrisos sarcásticos.
— A vingança é um prato que se come frio. — Hayley disse se aproximando de Sarah. — Mas dependendo do modo que for servido, se torna um prato maravilhosamente gostoso! — Ela disse e começou a gargalhar. Sarah a olhava com o olhar “só não te mato por que beijei o Jeremy”.
— Nunca escutei a segunda parte antes.
— Lógico que não. Eu que inventei. — Ela jogou os cabelos. Sarah deu um pequeno soco em seu ombro.
— Aff, Hayles.
— Por que você tá com raiva? Qual é, você ficou com ele. — Sarah deu um sorrisinho bobo. Aquele que toda pessoa dá quando tá apaixonada, sabe? Então.
— Você gosta dele...
— Nãão... — Sarah.
— Ah, fala sério! Gosta sim. Brilho nos olhos, sorrisinho nos lábios... Ah, que coisa linda.
— Hayley,cala a boca.
Hayley olhou para Sarah e as duas ficaram um tempo sem falar nada. Até que começaram a gargalhar do nada.
— É... ok. Você tem razão. Eu gosto dele sim... ele é lindo, e simpático, e compreensivo, e fofo.... e beija muito bem!
— Ok, Sah, agora você tá me assustando.
Elas continuaram a conversar.
— Você recebeu isso? — Perguntou Hayley ao mostrar o pequeno papel do passeio.
— Sim, recebi. O primeiro e o segundo ano vão né?
— É, pois é.
— Gosta de florestas?
— Não sei... acho que não. É perigoso?
— Só quando as onças pintadas e cobras aparecem. — Sarah respondeu e riu. Hayley revirou os olhos.
— Onças pintadas? No Tennessee? Ah, vai se ferrar, Sarah.
Sarah riu mais alto.
— É... não sabia? Importaram algumas do Brasil, para comerem os macacos que eram demais.
— E desde quando onças comem macacos? — Hayley disse e riu.
— Desde que importaram elas do Brasil, sem dar comida. Então elas comeram qualquer coisa.
— Ah... entendi.
As duas continuaram conversando sobre a suposta cadeia alimentar da onça até Hayley chegar em casa. Pegou a chave e abriu a porta, dando de cara com Zac.
— Haaaaaaaayles! — Ele gritou e pegou a baixinha no colo.
— Zac, por favor, me põe no chão! — Ela disse dando tapinhas nas costas dele. Ele colocou ela no chão. — Qual é, garoto? Tá tomando bomba é? — Ela disse e ele riu.
— Longe disso, Hayles. Não é preciso ser muito forte pra te levantar do chão. — Ele disse e ela revirou os olhos, mostrando falsa raiva.
— Sou magra, mas isso não quer dizer que eu seja fraca.
— Não duvido. Tua mãe tava contando da vez que você foi expulsa do colégio por deixar um garoto na UTI.
— Ele mereceu. — Eles riram.
Zac, Nate, Belle e a senhora Farro tinham ido visitar Christie. Hayley chegou bem na hora.
Entrou brincando com Zac e cumprimentou a todos.
Foi em direção ao seu quarto pra guardar a mochila, Belle foi com ela.
— E aí, Belle, o que tem feito de bom?
— Tirando acordar Josh e Zac todos os dias com um relaxante banho de água fria, nada. — Ela disse simpaticamente.
— Como é? Você acorda Zac com um banho de água fria?
— Sim. Ele e Josh não acordam por nada. Apenas a água consegue... e é bem divertido. — As duas riram.
Christie preparava um belo espaguete para o almoço.
Hayley passou quase toda a tarde brincando com Zac, Belle e Nate. Eles eram muito divertidos, de fato.


[...]


Pov. Hayley

Acordei com o despertador do celular.
Meu rosto estava molhado de suor. Meu quarto tava muito abafado e pra melhorar eu ainda tava de coberta!
Abri a janela e vi o sol rachante, mesmo as 6h40 da manhã.
Fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal. Aproveitei pra tomar banho.
Sequei meu cabelo com o secador e penteei. Não faria muita cerimônia hoje, afinal, vou pra uma floresta!
Coloquei uma blusa branca com uma pequena caveirinha rosa e preta perto da barriga. Um coletinho preto, calça Jeans e nike.
Demorei um pouco, por isso peguei só uma maçã, minha mochila e saí sem tomar café. Sarah provavelmente estaria com Jeremy, então, provavelmente não passaria aqui.
Caminhei calmamente até a escola. Entrando lá vi que os alunos já esperavam o ônibus no pátio.
Jeremy e Sarah vieram me receber. Estavam de mãos dadas, que lindo.
— Tá atrasada, gata. — Sarah.
— Eu não ligo. — Dei de ombros. — Quando o bendito ônibus chega?
— O diretor vai explicar, calma.
Continuaram conversando até o diretor chegar e dar uns tapinhas no microfone no pequeno palanque que havia no pátio central do colégio.
— Alô? Som? Oh, tudo bem. Alunos do primeiro e segundo ano do ensino médio, hoje vamos a floresta natural de Franklin — Ele ajeitou os óculos e deu uma breve pausa, com um sorriso nerd na cara. — É um passeio educativo. Vocês vão coletar, na floresta, 10 tipos de amostras de plantas e depois vão fazer uma apresentação sobre elas.
Nessa hora um garoto levantou a mão.
— Sim. — Disse o diretor apontando para o garoto.
— Serão formados grupos? Ou é individual?
— Será um trabalho em duplas.
Oh, gente! Em dupla? Levantei a mão.
— Nós podemos escolher as duplas, não podemos? — Diz que sim, diz que sim, diz que sim!
— Não. As duplas já foram determinadas. Vamos falar os nomes agora.
Ah meu Deus!
O diretor começou a ler uma imensa folha com o nome dos alunos. E não importa o nome deles agora.
— Jeremy Clayton e James Clark;
Ok, Jeremy ficou com um nerd. Que sorte.
— Sarah Orzechowski e Luna Mathew;
Sarah e seu terrível sobrenome. O diretor quase não consegue. Luna? Nunca ouvi falar. Ele continuou a falar mais um monte de nomes, até que...
— Hayley Nichole e... — Não diz Josh Neil, não diz Josh Neil, não diz Josh Neil! — Dakotah Scott.
— YEEAR! — Disse mais alto do que deveria. Todos olharam pra mim. Droga. O diretor revirou os olhos e continuou.
— Joshua Neil e Taylor Benjamim;
Josh e Taylor? Nossa.
Ela ainda falou outros nomes como o da Jenna. O resto simplesmente entraram por um ouvido e saíram por outro.
Logo depois, o ônibus chegou. Todos entraram na maior correria. Meu Deus!
Eu e Dakotah fomos as ultimas a entrar, pra não sermos pisoteadas até a morte. Sentamo-nos mais ou menos no meio do ônibus, que estava abafado. Esse mesmo seguiu para a floresta.
Quando chegamos lá me deparei com aquele monte de árvores em uma mata fechada. Oh... ok, descobri que não gosto de florestas.

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