22 de set. de 2012

Capítulo 13

I deserve all this, bro.



Pov. Josh
— DANE-SE, ME DÁ LOGO ESSA MERDA! — Ordenei irado e ela me deu o algodão com creme. Passei na minha boca e bochecha, tirando o maldito batom.
— Meu rosto tá vermelho. Olha o que você fez, idiota! Eu odeio você.
— Não, eu odeio você!
— AAAAAAAAAAAAHHHHHH! — Acordei molhado. Isabelle. — BELLE, CARAMBA. NÃO DÁ PRA ME ACORDAR DE OUTRO JEITO?
Eu gritei, e a pestinha continuava lá. Rindo. Gargalhando. Argh.
Bastasse o pesadelo que acabei de ter.
— Até dá Josh. Mas assim é bem mais engraçado... — Ela disse tudo rapidamente, entre os soluços do seu riso. — Nunca fica chato!
— O que aconteceu aqui? — Zac chegou com os cabelos bagunçados e com cara de sono. Belle saiu do quarto com a mão na barriga. Provavelmente doía de tanto rir.
— Aff. Belle me acordou com água de novo. E pra piorar eu tive um pesadelo horrível!
— Pesadelo é? Conta: Quase foi comido por um dinossauro? Um tigre? Ou um leão?
— Não; Não e não; A gente ia pra aquele encontro que tu me arranjou, e aí a menina era a Hayley. A gente brigava, saía ao mesmo tempo e ficava preso no elevador. Então a gente brigava, gritava, o elevador dava uns trancos, e aí... argh, eu beijava ela. Sonho doido né? Aff. — Disse e Zac me olhava com olhos arregalados.
— VOCÊ BEIJOU A HAYLEY?
— NÃO FOI UM SONHO?
— Oh Meu Deus!!! Você beijou a Hayley. Hahahaha
— Ah, Zac. Não foi um sonho? Ah! Vou cortar meus pulsos. Vou me flagelar até a morte! Eu não acredito.
— Joshua e Hayley, sentados numa árvore... (8)
— ZAC CALA A BOCA, MEU! EU VOU TE MATAR.
— Tá, eu parei. AH, MANO, TU BEIJOU A HAYLEY. HAHAHAHAH
— Zac, se você contar isso pra alguém, eu juro que esqueço que você é meu irmão e te mato. E eu não tô falando figurativamente, eu vou mesmo te matar. Vou apertar teu pescoço até você ficar roxo e morrer. Entendeu?
— Tá bom, cara. Eu não vou falar pra ninguém que... VOCÊ BEIJOU A HAYLEY NICHOLE, LALALALA, BEIJOU, BEIJOU, BEIJOOOU (8) — Ele disse isso e saiu cantando e pulando pela casa feito uma gaivota. (N/A: Gaivotas pulam? Não né... tudo bem.)
— Zaaaaaac! — Saí correndo atrás dele.
Oh, merda.
O agarrei pelo pescoço e pulei em cima de suas costas. Ele caiu no tapete da sala.
— Conta pra alguém que eu te mato. Ouviu Wayne? Eu mato você.
— Ok, cara. Fica frio. — Saí de cima dele. — Só tava zoando. Mas diz aí, como você beijou ela?
— Eu não sei... Eu... sei lá. Não tava controlando meus movimentos, quando dei por mim já tava beijando ela... foi estranho. Tinha baixado a entidade em mim, só pode, mano. Argh. Que nojo daquela menina.
Zac começou a rir.
— Hum... sei. Mas olha, como seria legal. Depois da infância bonitinha que tu teve com ela, seria muito maneiro que...
— Zac, cala a boca ok? Já saiu muita merda dela hoje. Vou escovar os dentes, tô precisando, aliás.
[...]
Escovei os dentes durante uns... 20 minutos?
Ai, 20 minutos é pouco. Eu ainda me lembro do sabor daquela boca linda daquela garota nojenta...
Não! Linda não. Aquela boca horrível daquela menina feia.
Josh, pára de pensar.
Vesti uma bermuda e fui tomar café. Cheguei lá e vi Belle, minha mãe, Zac e... Nate?
— Nate! Caraca! — Pulei nos braços do meu irmão mais velho.
— E aê, Joshzinho! Haha. — Ele mexeu nos meus cabelos. Só Nate fazia aquilo sem me irritar.
— Quando chegou?
— Agora. Férias de verão, cara. Uma semana inteira.
— Opa!
Passei o resto da manhã conversando e brincando com Zac e Nate. Belle foi brincar na casa de Erica, como sempre.
De tarde, eu estava jogando videogame mais os meus irmãos e o interfone toca.
Fui atender e olhei pelo olho mágico; Jenna.
Bufei. Não queria ver Jenna. Não depois do que ela fez.
Fiz minha pior cara e abri a porta.
— Jooooooooooooosh! — Ela fez como se nunca tivesse me visto e me abraçou. Levantei os braços enquanto a baixinha abraçava minha barriga.
— O que você quer aqui?
— Ai, isso é jeito de tratar? — Ela colocou a mão na cintura e falou fino, como uma típica paty. Já estava cansado disso, sério.
— É jeito de tratar uma traidora sim.
— Josh... presta atenção. Eu te perdôo tá? Não tô mais triste com você. — Não... eu não tô escutando isso. Sorri.
— Eu não preciso de perdão, Jenna! Caraca, você que terminou tudo por uma bobagem e depois saiu se atracando com o meu melhor amigo. Vai se ferrar. Sai daqui.
— Mas Josss... — Fechei a porta na cara dela. Pude escutar seus gritos e choros. Quer saber? Eu não ligo.
Mas sabe qual é o problema?
Minha mãe liga.
— Josh, que gritaria é essa aqui?
“Joooooooooooshh! Não faz isso comigo, eu te amo. Quero ficar com você pra sempre, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh”
— É a Jenna?
— É... — Droga.
Minha mãe correu, abriu a porta e Jenna, que estava com os olhos vermelhos e rosto inchado se jogou nos braços dela. Minha mãe tentou acalmá-la. Me lançou o olhar “você vacilou” e levou Jenna até a cozinha. Oh no.
Voltei pra sala. Mal me sentei no tapete e escuto um “Josh, vem cá!” da minha mãe. Ah, Deus!
Fui andando devagar até a cozinha.
— Sim?
— Você e Jenna precisam conversar. — Ela disse e foi saindo da cozinha antes que eu pudesse me pronunciar. Olha, eu amo minha mãe, mas as vezes a bondade dela irrita!
Recostei-me na pilastra e fiquei vendo ela se fazendo de coitada.
— Josh... por que você ta fazendo isso comigo? Eu tô feia?
— Não Jenna. Você tá linda, ok? Mas eu realmente não vou namorar uma garota impecável por fora e feia por dentro. Eu já cansei. Jenna, você ficou com o meu melhor amigo na minha frente! Cansei das suas futilidades, do seus surtinhos. Cansei. É só isso. Agora dá pra me deixar em paz?
Ela deixou aquele aspecto de garotinha machucada e o rosto dela deu lugar à uma feição completamente irada.
— Não. Eu não vou te deixar em paz. Eu dediquei os últimos 2 anos da minha vida à você e você não vai jogá-los pro alto, Josh. Dane-se se você cansou. Eu. Não. Vou. Te. Deixar. Em. Paz. Bem vindo ao inferno. — Ela agarrou a bolsinha e saiu em passos fortes, quase correndo.
Ai, mano. Agora eu tô feito mesmo.

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