23 de set. de 2012

Capítulo 42

Somethings are resolved. Others are not.



Pov. Hayley

Acordei. Estava deitada em um colchão no quarto de Sarah.
A noite de ontem foi normal. Os pais dela saíram, fizemos brigadeiro e assistimos algum filme do Brad Pitt do qual eu não me lembro o nome na HBO. Não me lembro mesmo o nome do filme. Só me lembro que ele ficou o filme quase todo sem camisa.
Sarah ainda dormia toda esparramada na cama. Olhei no celular e já eram 10 da manhã.
Neste momento o interfone da casa dela tocou. E ninguém atendeu.
Comecei a mexer Sarah pra ela ir atender o interfone que ainda tocava.
— Sarah, acorda, vamos, tão tocando o interfone.
— Ahn, Hayles... — Ela disse sem abrir os olhos direito — Atende lá, vai.
— E seus pais?
— Eles só voltam à tarde...
— Acorda, Sarinha, vamos...
Ela deu um gemido e virou para o lado, aprofundando o sono.
Decidi ir atender.
Olhei pelo olho mágico e abri a porta.
— Hayles! Você? Aqui? Já voltou? Como está? — Jeremy disse me dando um abraço.
— Oi Jerm. Sim, sou eu e estou aqui. E eu já voltei e estou bem. Mas... entre, né. — Eu disse dando espaço.
— Sarah acordou?
— Não. E olha que eu tentei.
— Você já deve saber o que houve, né? — Ele perguntou olhando para baixo.
— Sim, sei de tudo. — E mais um pouco. Completei mentalmente.
— Eu agi errado. De novo. — Ele disse, ainda com a cabeça baixa. — Ele a cantou, literalmente, e além de dar uns tapas nele eu discuti com ela novamente. Eu descumpri minha promessa.
— Pois é. — Eu disse. — Vocês dois precisam coversar...
— Precisamos sim.
— Vou... tentar acordá-la novamente. Senta aí. — Eu disse e ele se sentou no sofá. Voltei para o quarto.
Eu poderia ter contado tudo para Jeremy. Poderia ter ajudado ele naquela hora. Mas isso é algo que não é meu.
Sentei-me na cama, onde Sarah ainda dormia profundamente.
— Sarinha, acorda, quem tocou a campainha foi o Jeremy.
— Ahn... me deixa, Hayles.
— O Jeremy está aí.
— O quê?
— O Jeremy está no sofá, querendo conversar com você. — Dito isso ela deu um pulo de susto da cama, caindo pelo outro lado. Colocou os braços na cama e me olhou com espanto.
— O Jeremy está aí?
— Foi isso que eu disse.
— Por que você não disse pra ele que eu não estava aqui?!
— Por que vocês têm que conversar. Cale a boca, escove os dentes e seja franca com ele, como nós combinamos.
— Mas eu...
— Sarah, vamos logo. Você quer continuar com isso até quando?
Ela suspirou.
— Certo, certo. — Sarah se levantou e foi em direção ao banheiro. Escovou os dentes, prendeu o cabelo e colocou um casaco. Logo depois, foi a sala para falar com Jeremy.
Seria difícil para os dois.
Fiz minha higiene matinal e desamassei minha calça com o ferro de passar. Vesti a minha roupa e calcei o meu all star. Liguei a TV do quarto de Sarah. Eu não poderia interromper a conversa deles.
Comecei a ver um programa sobre bandas de rock, e, até que estava interessante. Mas eu estava preocupada demais com os meus amigos e isso atrapalha um pouco a vontade de ver seja lá o que for. Eu só queria que os dois ficassem bem, e infelizmente, isso não iria acontecer.
Dez minutos. Quinze minutos. Vinte minutos. Nada.
Até que Sarah apareceu no quarto, com lágrimas no rosto. Não precisei perguntar como havia sido. Apenas a abracei e a deixei chorar um pouco. Poucos minutos depois ela se afastou.
— Eu... eu disse que queria terminar... — ela começou — Eu expliquei que ele era meu melhor amigo... expliquei que isso estava sendo difícil pra mim... Mas ele não aceitou, Hayley. Ele pediu desculpas, todas possíveis por ter brigado comigo, e até por ter brigado com o Brendon. Eu fiz de tudo, Hayles. Mas ele não aceitou que eu terminasse. Ele me implorou pra não fazer isso. Disse que me amava um monte de vezes. Disse que ia mudar, e que dessa vez era de verdade. Disse que ia me fazer feliz. Eu... eu não tive escolha. Tive que contar que beijei o Brendon e que eu... — ela suspirou — ...acho que me apaixonei por ele.
— E ele? — Perguntei.
— Ele parou de chorar. Fez que sim com a cabeça e saiu sem falar nada. Eu chamei ele de volta, mas não adiantou... ele continuou andando... — Sarah parou de falar e continuou a chorar.
— Você fez a coisa certa, Sarinha... Seria pior se você enganasse ele.
Ela assentiu e limpou as lágrimas com a mão e o braço esquerdo. Suspirou algumas vezes e tentou se controlar.
— Não queria que ele ficasse daquele jeito.
— Ninguém queria... — Concordei.
— Hayles... vai falar com ele... você é a única que vai conseguir... por favor.
Fiz que sim com a cabeça.
— Você vai ficar bem?
— Vou...
— Ok, eu volto pra ver. — Eu disse e a abracei.
Saí da casa de Sarah ligando para Jeremy. Ele não atendia o telefone.
Corri até a casa dele. Bati na porta várias vezes, até que a Sra. Davis me atendeu.
— Oi, Hayley...
— Bom dia, Sra. Davis... Jeremy está?
— Ele acabou de chegar, mas foi direto para o quarto... O que aconteceu, Hayley? Ele não está bem e não quis me dizer porque.
— Ele e Sarah romperam.
— Romperam? Por quê? — Ela perguntou, surpresa.
— Por muitas razões, Sra. Davis... eu posso entrar?
— Ah, claro. — Ela deu espaço. Eu avisei que iria até o quarto de Jeremy.
Bati na porta.
— Jerm, abre, é a Hayley.
Ouvi passos e a tranca da porta virou. Devagar eu rodei a maçaneta e entrei no quarto.
Fechei a porta novamente. Jeremy estava sentado em frente o computador.
— Jeremy?
— Oi Hayles. — Ele respondeu sem me olhar ou parar de digitar.
— Como você está?
— Como deveria.
— Hey, olha pra mim. — Ele continuou digitando. — Jeremy, droga, olha pra mim. — Ele não olhou.
Fui até o computador e o desliguei.
Ele suspirou de raiva.
— Você sabia de tudo, não é? — Perguntou sem olhar pra mim, olhando para o chão.
— Sim.
— E por que não me disse?
— Não acha que era uma coisa que a própria Sarah deveria contar?
Ainda com a cabeça baixa, eu vi uma lágrima cair de seus olhos azuis.
— Eu não consigo entender, Hayley... Eu... sou amigo dela a tanto tempo... sempre amei ela, sempre... mas ela não me amava. Se ela não gostava de mim, porque aceitou namorar comigo, pra começar?
— Jeremy, muitas vezes as pessoas confundem o sentimento que elas tem dentro de si... Sarah também está sofrendo com isso. Você era o melhor amigo dela, o melhor. E quando ela soube que você estava apaixonado por ela... Ela achou que a grande amizade que ela tinha por você era algo a mais...
— Ele só conhece o tal Brendon há uma semana... E foi o suficiente pra ela se apaixonar?
— Você demorou mais pra se apaixonar por ela?
Ela fez que não e soltou um soluço involuntário.
— Jerm... — Eu me aproximei dele e o abracei. Abracei a barriga dele, na verdade, já que ele é bem mais alto que eu. — Não chore porque acabou. Sorria porque aconteceu. Você é muito novo, e, se não deu certo com a Sarah, vai dar com outra garota, pode ter certeza. Existem milhões de garotas nesse país que procuram um cara igual a você.
Ele fez que sim com a cabeça.
— Obrigado, Hayley. — Ele agradeceu, olhando para baixo. — Eu acho que quero ficar um tempo sozinho... — Ele pediu.
— Ok. — Eu lhe dei outro abraço. — Qualquer coisa me ligue.
— Certo.
Saí da casa de Jeremy um pouco menos preocupada. Não, ele não estava bem. Mas tudo isso é uma questão de tempo...
O que o tempo contruiu, o tempo vai destruir. É a lei. E é isso que vai acontecer agora.
Liguei para Sarah. Ela me disse que sua mãe havia chegado mais cedo e agora ela estava melhor.
Decidi ir para a minha casa. Precisava arrumar muitas coisas. E ainda tenho que conversar com o meu pai sobre eu ir morar com ele.
Entrei em casa com a chave extra. Chamei minha mãe, mas ela não me respondeu. Fui até a cozinha e encontrei um bilhete na geladeira.

“Fui até Nashville com Scott olhar uma casa que ele quer comprar.
Volto à tarde,
Mamãe.”

Suspirei e procurei algo para comer. Estava faminta. Mas tínhamos esvaziado a geladeira antes da viagem.
Eram onze e tanto da manhã e eu ainda não havia comido. Fui até a sala e achei uma nota de vinte em cima da TV.
Pelo menos ela deixou dinheiro.
Decidi ligar para Josh para ver se eu poderia almoçar na casa dele.
— Hey baby. — Ele atendeu.
— Hey...
— E aí, resolveu as paradas?
— Mais ou menos... Sarah se apaixonou por Brendon... ela terminou com o Jeremy e ele está muito triste...
— Ela terminou com o Jerm?
— Sim... mas deixa que depois eu te conto a história toda pessoalmente.
— Ok love.
— Você está em casa?
— Ahn... ér... não, não estou.
— Não está?
— Não...
— E onde você está?
— Estou... no su-supermercado com o Zac...
— Ahn... minha mãe saiu e estou sem nada pra comer aqui, pensei em ir almoçar na sua casa...
— É, mas eu e Zac não estamos em casa então é provável que minha mãe nem cozinhe...
— Estranho... mas tudo bem, almoço na casa do meu pai... assim aproveito e converso com ele.
— Ok, linda. Beijo, te amo.
— Beijo.
Estranho Josh não estar em casa. Estranho a mãe dele não cozinhar. Estranho.
Balancei a cabeça negativamente e caminhei em direção a porta de casa. A tranquei e saí caminhando em direção a casa de meu pai.
Mckayla atendeu a porta e me deu um super abraço. Disse que estava morrendo de saudades.
Cumprimentei Jessica e dei um abraço no meu pai, logo depois em Erica, que me chamou para ir ao quarto dela para ver “o que o papai havia comprado para ela”.
Entrei no quarto e vi um violão kutway Tagima preto. Realmente bonito.
Sorri.
— Você me ensina a tocar, Hayles? — Ela me olhou com aquele olhar.
— Claro que sim! — Respondi. — Vai ficar até mais fácil, porque eu vou ficar aqui bem mais tempo do que o normal...
— Como assim?
— Se o pai concordar, eu vou vir morar aqui. Minha mãe vai se mudar e eu não quero sair de Franklin.
Ela abriu a boca.
— Você vai vir morar aqui? AH! — Ela disse e começou a gritar muito alto e se jogou pra cima de mim, me abraçando. Eu sorri. — Que ótimo! É perfeito! Eu nem acredito que vou ter minha irmã maior aqui! Você pode me levar a escola? Eu tenho um monte de coisa pra te mostrar e...
— Erica, calma, tá. — Eu disse rindo. — Você vai ter tempo pra contar tudo. Eu tenho que falar com o pai e com a sua mãe pra ver se eles aceitam.
— É lógico que vai aceitar! Você sabe que o sonho do papai sempre foi que você viesse pra cá.
— Ok, ok.
— Vamos falar com ele!
— Espera, calma... — Ela pegou minha mão e começou a me arrastar para a sala, onde meu pai lia o jornal.
— Oi filhas. — Ele disse olhando para nós.
— PAI! A HAYLES TEM UMA ÓTIMA NOTÍCIA!
— Não, eu tenho um pedido pra fazer...
— É um pedido ou uma notícia? — Meu pai perguntou confuso.
— Um pedido.
— Uma notícia. — Eu e Erica falamos ao mesmo tempo.
— Ok, me expliquem isso.
— Cale a boca, Erica. — Eu disse antes que ela começasse a falar. Me sentei de frente para o meu pai. — Bem, pai, é que a minha mãe começou a namorar um cara... e o cara é legal, enfim. Ele recebeu uma proposta irrecusável de emprego em Nashville e quer se mudar. Aí ele chamou minha mãe e eu para morarmos lá. Mas eu não vou sair de Franklin, e, ela quer muito ir... Então eu queria saber se posso ficar morando aqui, até a faculdade, né...
— É sério? Você vem morar aqui? Que ótima notícia! — Ele disse e veio me abraçar. — Você não precisa nem pedir, amor!
— Obrigada. — Eu disse sorrindo.
— Isso é perfeito! Jessica! — Ele começou a chamar a esposa e contou pra ela que eu viria morar aqui.
— É sério Hayley?
— É...
— Que ótimo! Vai ser ótimo ter você aqui.
— Onde você vai dormir? — Meu pai disse.
— Se não for no meu quarto ela não precisa nem vir. — Erica disse com as mãos na cintura. Gargalhei.
— Também pensei em dividir o quarto com Erica...
— Então está feito. — Meu pai me abraçou novamente. — Vai ser ótimo ter você morando comigo novamente.
Sorri. Iria ser ótimo mesmo.
Almoçamos e eu fui ensinar a Erica as primeiras notas musicais do violão.
— Então, Erica. O violão é muito legal, mas eu tenho que avisar dos contras...
— Eu já sei que os meus dedos vão doer e criar um calo.
— Ok... — Não esperava por isso, ok. — ...então vamos começar.
— Eu quero já começar tocando, Hayles.
— Sei... você tem uma música em mente?
— Aquela que você adora... Hear You Me, Jimmy Eat World.
— Tudo bem, essa é fácil. Mas porque essa pressa em aprender a tocar violão?
— Quero tocar no festival de música da escola.
— Mas... você não tinha medo de se apresentar?
— Tenho que enfrentar isso. E estou decidida a ser a melhor do festival. Tirando, é claro, a Belle, porque ela sempre ganha.
— A Belle sempre ganha?
— Hayles, a Isabelle é a pessoa mais popular que aquele colégio já viu. O mais incrível é que ela não faz isso do jeito dos outros colégios. Ela é popular porque ela não liga pra ninguém, e é amiga de quase todos os garotos da escola. Então, as garotas a odeiam. E ela ficou popular.
Arregalei os olhos.
Que coisa louca.
— É... eu não sabia disso...
— Hayles...
— Que foi?
— Eu posso te perguntar uma coisa?
— Hm... claro.
— Quantos anos você tinha quando beijou alguém pela primeira vez?
Certo, certo. Eu não esperava por isso.
— Eu tinha... Ér... porque você quer saber?
— Porque se eu perguntar pra minha mãe ela vai me colocar de castigo. — Ela disse rindo. — Vai, me responde.
— Eu tinha... Seis. — disse num fio de voz.
— SEIS? Meu Deus! Só isso?
— Sim...
— E foi com quem?
— Com o Josh...
— O JOSH?
— É.
— Meu Deus...
— Nós éramos dois bebês. Nos beijamos de brincadeira. Foi inocente. Mas peraí, porque você está me perguntando isso?
— Por... nada.
— Não me diga que você já beijou também?!
— Sou moça de respeito, Hayley. — Ela disse revirando os olhos.
— Você está ensinuando que eu não sou?
— Nenhuma moça de respeito beija um garoto aos seis anos de idade!
— Olha que você apanha, Erica. — Eu disse e nós rimos. — Espera, eu acho que eu entendi. — Eu disse rindo, depois de refletir. — Você quer cantar e tocar na frente da escola toda porque quer que algum garoto legal te note.
— Tuchê. — Ela disse rindo e olhando pra baixo. — Mas você não adivinhou que a idéia não foi minha.
— Como se eu não soubesse que isso saiu da cabeça esperta e totalmente precosse da senhorita Isabelle Farro.
Erica gargalhou alto.
— Estou começando a achar que ela não é um bom exemplo pra você. — Eu disse rindo.
— E não é mesmo. Mas é isso que me faz ser amiga dela.
— Ok, vamos começar. Pra tocar a Hear You Me, você tem que começar com o Ré...

[...]

Saí da casa do meu pai por volta das 4 da tarde. Erica tinha um ótimo timbre de voz e aprendia rápido. Já estava conseguindo tocar a música quase toda, tendo dificuldade, é claro, na hora de mudar de nota. Totalmente normal.
Meu celular vibrou na casa do meu pai. Era uma mensagem dizendo que teríamos ensaio reforçado. Estava me dirigindo até a casa de Josh agora.
Chegando lá, encontrei apenas Jason e Zac (comendo batatinhas na sala). Josh ainda não havia voltado e Taylor ainda não havia chegado.
Sentei-me ao seu lado numa caixa, no porão. Ele tocava uma introdução no violão.
— Ei, Hayles. — Ele disse olhando para mim enquanto tocava.
— E aí. Que música é essa?
— Estou pensando em chamá-la de Pressure. Eu e Taylor fizemos esse solo e o refrão. Quer escutar?
— Claro!

I can feel the pressure... it’s getting closer now.
We’re better off without you...

E ele fez o solo.
— Só tem isso por enquanto. Eu ia falar contigo, porque você que sabe compor. Eu estava pensando em colocar um riff no meio também.
— Essa pode ser nossa sexta música.
— Exatamente.
— Vamos esperar o Josh, aí a gente começa a escrever.
— Por mim, tranqüilo.
Fiquei em silêncio por um tempo, vendo-o tocar. Até que me lembrei de uma coisa e decidi perguntar.
— Ei Jas.
— Que foi?
— Quem era aquela garota que você estava beijando na boate?
— Sinceramente? Eu não sei. — Ele disse e gargalhou. Eu ri também. — Ela estava dando em cima, só aproveitei.
— Certo...
Nesta hora o Josh chegou. Ele estava com uma mochila nas costas, sem o piercing na boca e com o cabelo arrumado. Pareceu ficar meio nervoso ao me ver.
— Oi baby, você já chegou?
— É, né. — Eu disse, dando-lhe um selinho. — Não me atraso sempre.
— É... — Ele disse rindo.
— Cadê o piercing?
— Hm, eu... Eu tirei hoje de manhã porque estava doendo. Acho que vai inflamar.
— E porque arrumou o cabelo?
— Quis tentar um penteado diferente.
— Ahn... você não tinha saído com o Zac?
— Sim, saímos. Mas voltamos e eu tive que ir comprar tarrachas novas pra minha guitarra.
— Ah tá. Vai lá chamar o Zac pra gente começar.
Ele assentiu e me deu um beijo.
Josh está estranho... Isso está muito estranho.
Zac chegou e nós ficamos repassando umas coisas até o Taylor chegar.
Outro que ficou surpreso por eu já estar lá.
Tocamos as cinco músicas muitas vezes (isto é: Misery Business, That’s What You Get, We Are Broken, Conspiracy e por ultimo: My Heart).
— Gente, eu acho que a gente pode melhorar My Heart... — Taylor disse. — Acho que ela pode ficar um pouco mais rocker pro festival.
— Tipo um screamo no meio dela? — Eu perguntei rindo.
— Seria maneiro.
— What? Eu estava brincando.
— Eu sei fazer screamo. — Josh disse.
— Você? — Eu e Jason perguntamos ao mesmo tempo.
— É. Quer ver?
Então ele começou a fazer um screamo.
— Senhor... Não é que sabe mesmo? — Jason disse e nós rimos.
— Entre o “My heart is yours....” pode ter um screamo básico. Naquela parte que você canta “Please don’t go now...”, Josh, tente fazer screamo. — Taylor. — E eu vou tentar encaixar um solo.
— Vamos tentar assim, sem saber?
— O máximo que pode acontecer é a gente errar, então, vamos no improviso.
— Ok. — Eu disse ainda confusa.
Então começamos a tocar. Taylor encaixou um solo no começo e refrão da música, Zac simplesmente foi incrível na bateria e Josh fez um screamo que ficou incrível.
— Eu não disse que daria certo?! — Taylor comemorou.
— Você é o cara, T. — Josh disse e nós rimos.
— Vamos encerrar por hoje. Amanhã a gente ensaia de novo, já que vocês ficaram muito tempo longe.
— Ok. — Eu concordei.
Eles guardaram os instrumentos e foram embora. Fiquei um pouco de tempo com Josh e fui para a casa também.
Minha mãe já havia chegado. Contei a ela que meu pai disse que eu poderia ficar com ele. E ela perguntou onde estavam os finados vinte dollares.
Ela disse que eles acharam a casa perfeita e já iniciaram a papelada. Ela continuaria com a nossa casa no nome dela e iria alugar. O dinheiro do aluguel seria a minha mesada, já que meu pai não precisaria pagar pensão.
E bem... agora seria o início de uma nova temporada em Franklin. Com amigos tristes e felizes, uma irmã crescendo, minha mãe longe e um namorado esquisito. Isso, é claro, se ele continuar agindo estranho.

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