23 de set. de 2012

Capítulo 43

Always been you. And always will.



Ela não viu quando a lágrima escorreu pelo seu rosto.
Atônita em seus pensamentos tanto alegres quanto tristes, a vontade de chorar acabou sendo inevitável. Sentada na frente de sua casa, com os fones nos ouvidos, ela escutou a voz da vocalista da banda — que só por acaso era sua mãe — dar início a letra de Let This Go. Lembrou-se, então, de quando era criança e escutava Hayley cantar essa música com Josh, e ela sorria, feliz apenas por poder ouvir aquela melodia. Lembrou-se de quando ela própria cantou essa música pela primeira vez com a banda, após bater boca com Luke. Luke. Principalmente, ela lembrou-se de Luke, e tudo de bom e ruim que já havia passado com ele. Com os flashes de seu “casamento”, sua despedida para Londres, seu beijo na sala de detenção e na cachoeira, seu momento romântico a luz do luar no casamento de Isabelle, sua conversa com Luke, sua primeira vez, seu namoro, e por fim, sua última briga que agora os havia distanciado mais do que tudo, foi impossível Sophie segurar aquela maldita lágrima que saiu de seu olho e escorreu pela bochecha.
Dentro dela, ela sabia que não devia estar assim. Sabia que havia agido corretamente, mesmo que ele jamais concordasse, e sabia que se ela fosse se desculpar, provavelmente tudo aconteceria de novo e seria mais difícil uma reconciliação. Sabia que o que ela sentia — e ele também — iria se machucar e se deteriorar pouco a pouco.
Até não haver mais nada.
Esse era o medo que Sophie tinha agora. De... se machucar a ponto de parar de sentir. Como tantas e tantas pessoas que ela conhecia. Pessoas que se machucavam tanto, tanto, que empedravam o coração e se impediam de amar.
Esse pensamento apavorava a garota de dezesseis anos que já tinha passado muitos maus bocados para a idade. Ela queria tudo, menos deixar de amar. Sentia que sem o amor ela não seria nada. Iria embora tudo que ela considerava de melhor, inclusive sua arte, sua família, seus amigos, seu piano. Luke.
Droga. Ela queria tanto que ele entendesse! Ele não precisava concordar, afinal, eles concordavam mesmo em pouca coisa, não é mesmo? Não, ele não precisava concordar com sua atitude. Apenas deveria entender que ela fez isso pela sua família. Deveria entender que isso fazia parte dela, pois ela os amava, e os defenderia do que fosse preciso. Luke deveria entender, não julgar, como ele havia feito.
E como tudo isso não fosse o suficiente, ele agora insistia em evitá-la. Evitou-a nos dois ensaios que a banda fez nesses últimos quatro dias, e Sophie não podia fazer nada, pois estava suspensa das aulas. Luke estava evitando-a sem perceber — ou talvez percebendo — o quanto isso a machucava.
Por que machucava. Machucava saber que ele não queria vê-la, ou conversar com ela. Machucava não poder abraçá-lo e sentir seu cheiro, enfiar os dedos nos cabelos dele, apertar seu ombro como se fosse a última vez. Machucava... não tê-lo. E machucava mais ainda pensar que talvez... ele não estivesse tão machucado como ela estava. Machucava pensar que ele talvez não a amasse da maneira que ela o ama.
Sophie não retirava sua culpa, entretanto. Fizera Luke sofrer mais de uma vez com suas decisões mal tomadas e por vezes idiotas. Talvez... ele a amasse um pouco menos do que antes.
— Deixa de idiotice! — era o que Jenny havia dito à garota uma hora antes, quando ela saíra do ensaio da banda. Sophie havia contado para a amiga de suas suspeitas quanto aos sentimentos de Luke. — Garotos são uma verdadeira bosta de se conviver, Soph, aprenda. Eles nunca demonstram realmente o que sentem, por que são inseguros e bobos. O Luke já disse que te ama um trilhão de vezes. Talvez ele só esteja inseguro de ir falar com você, mas não é por que ele te ame menos.
— Não foi você mesma que disse que garotos mentem? — Sophie revidou, controlando-se para segurar o nó na garganta. — Como eu vou saber que o que ele disse é verdade se ele não demonstrou realmente? Se ele evita me olhar e defende ela, como se ele sentisse algo por ela, e não por mim?
— Garotos mentem, sim — Jenny ressaltou, como se estivesse explicando tudo aquilo a uma criança. — Mas são garotos inúteis que mentem. Aqueles garotos que nada mais querem do que te levar pra cama. Luke não é desses e você sabe, afinal, ele te ama desde quando era um bebê. E você sabe que ele é educado demais! Não é por que ele está defendendo a Stephy, ele está apenas defendendo um ideal! Ele te ama, caramba.
Sophie suspirou.
— É só que fica difícil acreditar nisso... Quando ele disse que não amava essa parte “fria, ciumenta e violenta” minha, eu gritei que talvez ele não me amasse de verdade. Aí ele foi embora. E não me dirigiu a palavra direito desde então. Acabei de sair do ensaio, e, meu Deus, foi horrível — ela estava realmente lutando para não deixar as lágrimas caírem. Era... difícil falar disso.
— Não passa pela sua cabeça que talvez ele não tenha dito nada e ido embora por indignação por você não acreditar no amor dele?
Sophie não soube o que dizer naquele momento, e agora, controlava-se para não deixar outra lágrima cair enquanto repassava a frase de Jenny na cabeça e via uma criança de no máximo nove anos passar andando de bicicleta pela rua. Ao invés disso, tratou de limpar a bochecha com a mão direita e ajeitar a franja que caía aos olhos. Então apoiou a mão no degrau da escada que ficava na entrada de sua casa, como estava fazendo antes.
E foi nessa hora que alguém tomou sua mão e a apertou levemente.
Sophie sentiu uma corrente elétrica passar pelo seu corpo e um arrepio forte percorrer sua espinha, e retirou os fones dos ouvidos de uma vez. Ela sabia quem havia apertado sua mão daquele jeito. Sabia que a pessoa que tomara sua mão e fazia um carinho gostoso com o polegar lhe conhecia melhor do que ninguém, e... lhe amava.
Não precisou virar o rosto para saber que quem havia tomado sua mão era Luke.
Por isso ela apertou de volta com um bocado mais de força e desespero, ansiosa e emocionada por sentir sua pele novamente. Como ela sentira falta disso. Até mesmo do menor toque, como um dar de mãos.
Quando ela virou o rosto e viu seu olhar se encontrar com o dele, segurou a respiração. Seu semblante não estava exatamente feliz, e nem propriamente triste. Seus globos azuis geralmente tão brilhantes agora estavam quase opacos, tomados por um por um pequeno brilho, que ela não sabia que só existia por causa dela. Seus lábios geralmente carnudos e rosados agora estavam quase pálidos, e estariam completamente se não fosse pela minúscula mancha roxa no canto direito de seu lábio inferior. Sophie já ia perguntar onde ele conseguira o machucado quando, delicadamente, ele levou a mão dela aos lábios e deixou um longo beijo por lá.
Sophie fechou os olhos por um segundo, aproveitando o atrito daqueles lábios que ela tanto amava com as costas de sua mão esquerda, que agora já devia estar trêmula. Sentiu a mesma corrente elétrica passar com força pelo seu corpo, e junto com ela, a vontade de jogar tudo para o alto e se entregar aos braços de Luke, mas ela estava tão paralisada pela emoção do momento que não conseguiria fazê-lo, mesmo que pudesse, mesmo que seu bom-senso não existisse.
Quando os lábios de Luke saíram de sua mão e ele acariciou-a novamente com seu polegar, ele a olhou profundamente nos olhos. E então enxergou tudo o que ele não quis ver nos últimos quatro dias. Toda a dor e toda a saudade, todo o sentimento de abandono e a incerteza. Tudo estava lá, espelhado em seus olhos chocolate. Absolutamente tudo.
— Deixa eu te mostrar uma coisa? — ele sussurrou apenas para ela ouvir, ainda acariciando sua mão perto dos lábios. Sophie prendeu a respiração sem perceber e assentiu levemente com a cabeça. Luke deixou um meio sorriso aflorar em sua face, estalou mais um beijo na mão de Sophie e se levantou, ajudando-a a se erguer com delicadeza, passando também uma mão pela sua cintura.
Devagar e segurando sua mão, ele a guiou até a casa ao lado. Sophie não sabia bem o que pensar enquanto andava em silêncio até a casa de Luke, sendo levada por ele mesmo. Não soube o que pensar quando ele apareceu de repente e tampouco soube o que pensar quando ele beijou sua mão e perguntou se poderia mostrá-la alguma coisa.
Mas mesmo que a curiosidade de Sophie perguntasse que coisa seria essa, ela não estava se importando realmente. Ainda estava tomada e imersa pela surpresa e emoção que o calor da mão de Luke lhe transmitia, e se sentia bem apenas por estar com ele. Mesmo que ela não soubesse até o que aquilo levaria, confiava nele, e não estava se importando com qualquer conseqüência que aquilo fosse trazer. Estava com Luke. Estava bem.
Quando ele fechou a porta de seu quarto, se voltou para ela e juntou suas testas em questão de milésimos de segundos. Sophie fechou os olhos, sentindo sua respiração se misturar com a de Luke, perdendo-se no seu cheiro e no calor de sua pele, arrepiando-se a cada toque que sua mão fazia com seu rosto. Nada passava pela sua mente, absolutamente nada. Estava completamente tomada pela presença do rapaz que amava ali. Ela sabia que não precisava dizer nada, ou fazer nada. Que eles se amavam e eram só um do outro era um fato.
Eles só precisariam não se esquecer disso.
Luke se afastou lentamente e deu um meio sorriso, agarrando sua mão e guiando-a até a cama como se ela fosse fugir a qualquer momento. Apanhou seu violão, sentou-se na frente dela, retirou a palheta que estava presa entre as cordas e abriu um papel de caderneta amassado na cama. Sophie deixou-se rir ao vê-lo fazer tudo isso, atrapalhado.
— Não está pronta — ele disse, retirando a palheta da boca e tocando o primeiro acorde da música. — Eu apenas... escrevi. Senti que precisava de você aqui e te busquei. Então... ignora se eu errar alguma nota, ok?
Sophie deixou um sorriso aparecer. Luke gaguejando, rodando a palheta nos dedos, nervoso, meio atrapalhado... o mesmo Luke por quem ela se apaixonou quando ainda nem sabia se apaixonar. Não mudara nada, continuava o mesmo garotinho, só não o deixava transparecer com freqüência. Seria impossível conter o sorriso ao ver Luke ali, daquele mesmo jeitinho que era e sempre foi. Daquele mesmo jeitinho que a pequena Soph sempre amara.
Ela assentiu com a cabeça e Luke deslizou os dedos pelas cordas, apertando-as com a mão esquerda e fazendo o atrito da palheta com a direita. Intercalando o olhar entre o papel, os dedos e Sophie, não demorou muito para ele começar a cantar.



I scraped my knees while I was praying, and found a demon in my safest haven. Seems like it's getting harder to believe in anything than just to get lost in all my selfish thoughts.
I wanna know what it'd be like to find perfection in my pride, to see nothing in the light.
Or turn it off, in all my spite, in all my spite, I'll turn it off.
And the worst part is before it gets any better, we're headed for a cliff. And in the free fall I will realize I'm better off when I hit the bottom.
(Eu arranhei meus joelhos enquanto eu estava orando, e encontrei um demônio no meu porto mais seguro. Parece que está ficando mais difícil acreditar em qualquer coisa do que se perder nos meus pensamentos egoístas.
Eu quero saber como seria achar perfeição no meu orgulho, não ver nada na luz.
Eu vou desligar, em todo o meu rancor, em todo o meu rancor, eu vou desligar.
E a pior parte é que antes que fique um pouco melhor, nós somos dirigidos a um abismo. E na queda livre eu perceberei que estou melhor ao atingir o fundo.)




Quando ele pronunciou a última palavra da música e retirou o último som do violão, Sophie o encarava com a boca entreaberta, sem saber o que dizer ou mesmo o que pensar. Luke suspirou e colocou o violão no tapete. Desde a “conversa” que tivera com Dan, ele havia repassado todas as suas atitudes e chegado à conclusão de que a maior parte das coisas que fazia e acreditava estar certo, na realidade, não estava. Sentiu-se culpado por julgar, pelo seu orgulho, pelo egoísmo. Então começou a escrever, e o resultado estava no papel. Luke soube assim que terminou de escrever o refrão que só uma pessoa poderia entender aquelas palavras assim que as ouvissem, e essa pessoa era a mesma pessoa à qual ele devia um pedido de desculpas.
— Eu estava errado. — Luke sussurrou e se aproximou de Sophie, passando as costas da mão no seu rosto macio. — Estava errado por te julgar quando você apenas defendeu a tua família. Estava muito errado por querer que você se tornasse alguém que você não é, ainda mais quando é você assim desse jeitinho que eu amo — ele ainda sussurrava sentidamente, e percebeu que Sophie havia mordido o lábio inferior e prendido a respiração enquanto a mão dele passava pela sua bochecha, porém ela não quebrava o contato visual. Luke continuou: — E, principalmente, eu estava errado por deixar você pensar que eu não te amava da maneira que eu amo. Por que eu amo, Soph, eu te amo mais do que tudo na minha vida. E eu amo você. Por que foi você a minha melhor amiga quando eu era apenas uma criança, e foi por você, essa adolescente complicada, pela qual eu me apaixonei perdidamente, mesmo quando dizia que te odiava. É você, Soph. Sempre foi você. E sempre será. Me perdoa se eu não deixei isso claro o suficiente e se eu fui idiota nos últimos dias. Mas nunca se esqueça de que é isso que eu sinto e sempre sentirei. O amor que eu te tenho é maior do qualquer outra coisa que eu já senti por qualquer outra pessoa, então, nunca duvide dele. Por favor. — Ele agora já havia se aproximado completamente dela, e segurava seu rosto com as duas mãos. Juntou suas testas lentamente, e um arrepio passou pelo seu corpo enquanto ele sentia a respiração descompassada de Sophie se misturar com a sua. Seu coração já alterado agora parecia pular a mil por hora em seu peito. — Me desculpa, linda. Me desculpa por ter sido idiota, por não ter entendido seu ponto, por não demonstrar todo o amor que eu sinto por você. Me desculpa por te fazer chorar... me desculpa...
Sophie encarou Luke e deixou um sorriso aparecer livremente em seu rosto, mesmo que uma lágrima escorresse pela sua bochecha.
— Não precisa mais falar nada. Eu amo você, Luke, amo demais — ela disse, levando suas mãos ao rosto dele, e vendo-o abrir um sorriso lentamente. — É você. Sempre foi você. E sempre será. — Após repetir as palavras que ele havia dito pouco tempo depois, Luke abriu de vez o seu sorriso que só durou dois segundos antes de ele se aproximar dela e juntar seus lábios num beijo que não estava nem calmo e nem urgente, mas tentava com afinco aplacar toda a saudade que eles sentiram um do outro ao longo dos dias anteriores. Suas línguas se entrelaçavam e seus lábios se moviam com facilidade, como se eles já se conhecessem por inteiro, mas mesmo assim jamais acabassem com a vontade que sentiam um do outro. As mãos de Luke que anteriormente seguravam o rosto de Sophie agora estavam em sua cintura, colando seus corpos cada vez mais e fazendo com que aquele arrepio que ambos sentiam anteriormente agora passasse por eles como uma onda. Lentamente e ainda beijando-a, ele deitou seu corpo pela cama.
Se o beijo já não estava calmo antes, agora nem sequer passava perto disso. Sophie segurava a nuca de Luke com firmeza e vez ou outra a arranhava, enquanto Luke deixava suas mãos passearem pela extensão da cintura dela por baixo da camiseta e sentia sua pele macia com as pontas dos dedos. Amava a sensação que a pele de Sophie provocava nele, e amava mais ainda o fato de saber que ela também gostava. Era a melhor sensação do mundo, depois de beijá-la. Senti-la.
Quando seus pulmões exigiram oxigênio, Luke separou seus lábios lentamente, ignorando completamente a dorzinha que se dava no canto direito dele pelo soco que Dan havia dado poucas horas antes. Por que ligar para aquela dor inútil agora? Sophie, a garota que ele mais amava, agora estava em seus braços, correspondendo ao seu beijo e demonstrando claramente que o amava e o queria tanto quanto ele a ela. Luke sabia que não era uma dor boba no lábio que iria fazê-lo parar.
E foi por isso que, iniciando um contato visual, ele deixou mais um selinho nos lábios daquela que amava e fez o caminho de beijos até o seu pescoço. Ouviu-a suspirar quando ele movimentou a boca pronto para lhe deixar uma marca, sem tirar as mãos que agora estavam embrenhadas em seus cabelos. Não demorou nada para o objetivo de Luke ser atingido e ele retirar os lábios do pescoço de Sophie lentamente, deixando um suspiro minúsculo sair por ela ter tirado uma das mãos dos seus cabelos e passado a ponta dos dedos pelas suas costas. Ela mordeu seu ombro levemente, enquanto suas mãos alcançavam o início da camiseta regata de Luke. Ele sorriu e se afastou dela por apenas um momento, retirando sua camiseta mais do que rapidamente e voltando-se para ela. Deixou um beijo em sua mandíbula e fez o caminho novamente até a sua boca, devorando-a em mais um beijo urgente.
Sophie tratou de passar seus dedos pelas costas nuas de Luke, sentindo seus músculos se retraírem a cada toque, gostando da sensação de senti-lo daquela forma e saber que ela causava isso nele. Ela gostava de sentir cada músculo das costas marcadas de Luke, de seus braços definidos, dos seus ombros largos, e gostava de saber que tudo aquilo era... dela, afinal. Seus pelos estavam completamente eriçados, e claro, existia uma razão para isso. Tocar levemente o corpo quase nu de Luke enquanto ele lhe beijava os lábios calorosamente e deixava suas mãos passearem pela sua cintura por baixo da camiseta era... atormentador, para dizer o mínimo. Não demoraria nada e ela não teria mais sua sanidade.
Luke separou seus lábios mais uma vez e puxou a camiseta de Sophie para o alto, retirando-a de seu corpo sem esforço algum, até mesmo por que ela o ajudara. Voltou a boca ao seu pescoço, deixando lá um beijo mais do que molhado, movimentando os lábios apenas para dar prazer para aquela garota que ele tanto amava e queria naquele momento. Sophie jogou a cabeça para trás e suspirou outra vez, fazendo Luke dar um meio sorriso e descer seus beijos molhados até o colo de Sophie. Não demorou muito para ele chegar aos seus seios cobertos pelo sutiã.
Sem muita urgência, Luke passou os braços por trás de Sophie e a ergueu da cama com o braço esquerdo, levando o direito para as suas costas e desatando o sutiã por lá. Ainda com ela literalmente em seus braços, ele não hesitou em lhe deixar mais um selinho molhado na boca, sentindo mais uma vez o gosto de seus lábios carnudos. Sem pressa, retirou a peça de roupa do corpo de Sophie e a deitou novamente no colchão.
Luke voltou seus lábios até o pescoço nu de Sophie e tratou de deixar mais uma marca por lá, ouvindo-a suspirar longamente, completamente atônita pelos movimentos dele. Também pudera. Luke sabia bem que isso a enlouquecia, o arrepio que isso causava nela, isso por que nem foi mencionado o prazer. Sophie simplesmente amava o toque de Luke com sua pele, seja ele o fazendo com as mãos, ou com a boca, ou com qualquer outra parte do seu corpo. Seja com um beijo, ou com um toque, Luke conseguia fazê-la perder toda a sanidade em questão de segundos. Por isso enquanto ele beijava seu pescoço e deixava aquela marca mais que gostosa, Sophie sabia que não deveria jamais ser julgada por suspirar longamente. Sobretudo por que ele havia colado seus corpos e ela já podia sentir sua animação por baixo da calça.
Após deixar sua marca e beijar toda a extensão do pescoço de Sophie, Luke fez o caminho de beijos até o seu seio descoberto e não demorou para atingir seu objetivo. Um outro suspiro praticamente alto escapou dos lábios da garota quando ele deixou mais um beijo no seio com bicos já enrijecidos, levando sua mão calmamente até o outro, massageando-o. Para dizer a verdade, Sophie já estava praticamente entrando em loucura quando sentiu Luke sugar um de seus seios com um pouco mais de urgência do que os movimentos que ele fazia em seu pescoço. Ele tinha total destreza em seus movimentos, sugando com vigor, deixando com que sua língua e seus lábios perfeitamente moldados entrassem em contato com o seio de Sophie e lhe dessem com certeza um dos maiores prazeres que ela já tivera. Luke sabia o que fazer, que movimentos usar, e Sophie suspeitava de que ele realmente gostava disso.
Não demorou para suas suspeitas serem comprovadas. Com a mão que massageava deliciosamente o bico enrijecido de seu seio descoberto, Luke parou de fazê-lo, e Sophie não teve tempo nem cabeça para notar, uma vez que o atrito de sua boca com o outro seio já estava levando-a a loucura. Ela só notou que a mão de Luke não estava mais em seu seio quando ela atingiu seu ponto de prazer, mesmo por cima da calça. Deixou que um quase gemido escapasse da garganta e projetou a cabeça para trás, com a respiração desregulada.
Mas mesmo dividindo sua atenção entre o seio de Sophie e seu ponto de prazer Luke não parava com nenhum deles. Dava apoio a sua boca com a mão direita, mas a esquerda já tratava de desabotoar o botão do short de Sophie e o fez com destreza. Luke não se deu ao luxo de retirar o short ou a calcinha dela para continuar seus movimentos, enfiando os dedos por dentro da calcinha da garota e contornando o seu ponto de prazer, o que, obviamente, fez com que ela soltasse um gemido e apertasse a nuca de Luke com um bocado de força. Mas isso apenas o divertiu mais.
Vez ou outra deixando os dentes roçarem no seio de Soph, Luke continuava seus movimentos com voracidade. Ela ainda apertava sua nuca e por vezes arranhava-a, ou arranhava seu ombro, suspirando, gemendo por puro prazer. Os dedos de Luke em sua intimidade contornavam e pressionavam apenas seu clitóris, o que já estava fazendo-a se contorcer cada vez mais. Até que, lentamente, Luke parou de sugar o seio de Sophie e lá deixou um beijo molhado.
Isso antes de descer os beijos, e até algumas pequenas mordidas, em direção à sua barriga.
Abriu os grandes olhos azuis que pareciam mais brilhantes do que nunca e os levantou, encontrando os olhos castanhos e perturbados — por falta de palavra mais precisa — da namorada. A boca dela estava entreaberta, ainda suspirando e respirando o ar descompassado que seus pulmões pediam agora. Luke parecia sentir o prazer em suas veias, pelo simples fato de dar prazer para aquela garota. Ou pelo menos, era isso que os seus olhos mostravam agora. Então ele deixou um beijo molhado em sua barriga sem quebrar o contato visual e deu o sorriso mais maroto que pôde. Sophie não teve tempo de sorrir novamente para ele, pois foi nesse exato momento que ele lhe penetrou dois dedos sem aviso prévio, arrancando dela o maior gemido até então. Ela agarrou o lençol da cama de Luke e se contorceu, fechando os olhos, sentindo um prazer indescritível tomar conta dela.
Isso antes de Luke abaixar seus beijos e chegar até onde o zíper de seu short estava aberto.
Ele parou de penetrá-la, arrancando dela um suspiro em desaprovação. Então, com as mãos grandes e fortes, puxou o short junto com a calcinha de Sophie para baixo. Ela se impulsionou para cima num impulso, facilitando o trabalho de Luke. Logo ela não estava com mais nenhuma peça de roupa sobre o corpo.
Após tirar as roupas pelos pés, Luke fez o caminho das pernas de Sophie com a ponta dos dedos até chegar à parte inferior da coxa, e ela compreensivamente suspirou longamente outra vez. Levemente, Luke afastou suas pernas pela parte inferior da coxa, abrindo-as consideravelmente, e deixou seus dedos passearem calmamente pelas pernas torneadas da namorada, sem pressa, até atingir o ponto que nela pulsava como nunca pulsara antes. Esse ato lhe arrancou um gemido minúsculo, apenas por imaginar o que viria a seguir.
Mas ela nem imaginava o que estava na mente de Luke.
Contornando seu ponto de prazer com a mão esquerda, calmamente, de um jeito quase torturante, Luke começou a deixar beijinhos molhados e ousados na parte inferior de sua coxa enquanto as abria mais ainda. Sophie não sabia se dava atenção aos beijos ou aos movimentos. Estava completamente perdida de puro prazer e excitação, sem saber o que pensar, ou que sentir. Sabia que Luke lhe beijava e movimentava seus dedos dentro dela, mas não sabia para quê dar a devida atenção, uma vez que sentia o prazer de ambos com uma intensidade avassaladora. Pensou que não poderia ficar mais excitada — uma vez que isso estava muito melhor do que da primeira vez —, mas ela estava errada. Redondamente errada.
E ela soube disso no exato momento que os beijos ousados e molhados de Luke evoluíram da parte inferior de sua coxa para a sua intimidade. Ele nem precisou deixar seus lábios macios e moldados perfeitamente atingirem o seu ponto de prazer para deixar um gemido escapar da garganta e agarrar o lençol mais uma vez. Luke deu uma risada baixa, fazendo-a se arrepiar por sentir sua respiração quente bater contra sua intimidade deliciosamente.
E então, sem aviso prévio, retirou seu dedo do ponto de prazer de Sophie para substituí-lo com sua língua.
É claro que não é preciso ressaltar que ela deixou que outro gemido saísse livremente de sua garganta. Luke começou com movimentos calmos e compassados, lambendo delicadamente o ponto de prazer da namorada sem força, mas nem por isso sem precisão e destreza. Fazia movimentos leves, deixando seus lábios darem-lhe a assistência precisa para a sua língua, acompanhada vez ou outra de seus dentes, que a arranhavam delicadamente, mas para Sophie só conseguiam deixar aquilo mais gostoso do que ela poderia um dia imaginar que seria possível.
Até mesmo por que ela não imaginava. Não era uma garota propriamente dita pervertida, mas sinceramente, ela não achava que imaginaria prazer como aquele mesmo que fosse. Quer dizer, Luke estava levando-a a loucura com aqueles movimentos. O prazer que sentia era indescritível, e pronto. Essa era a palavra. Indescritível. Absurdamente indescritível.
E ela sinceramente não sabia quanto tempo ficou daquela maneira. Luke não parava de sugá-la e fazer movimentos com a língua em seu ponto de prazer, arrancando mais gemidos dela do que ela podia controlar. Sophie estava uma confusão de sentimentos. Estava calma, mas estava elétrica; estava relaxada até demais, mas ao mesmo tempo estava tensa; ela não tinha certeza do que estavanaquele momento. Aliás, tinha. Estava excitada. Sim, estava. E talvez essa excitação envolvesse todos os outros sentimentos confusos que ela tinha naquele momento, enquanto a língua de Luke lambia-a com mais precisão e mais força, arrancando dela mais gemidos e fazendo-a se contorcer. É, talvez sim.
Os movimentos do garoto só conseguiam ficar mais fortes e rápidos, conforme o tempo passava. Sophie já não se agüentava mais de prazer — ou melhor, agüentava sim. Não tinha a menor dúvida de que aquela era uma das melhores sensações que existiam no mundo e ela gostaria muito de senti-la por mais alguns minutos, horas, dias... Era apenas gostoso demais. E ela sabia que Lukefazia aquilo se tornar gostoso demais. Por que ele tinha esse dom, esse poder contra ela. Só ele. Por que ela era dele. Completamente e só dele.
E aquele momento de puro prazer apenas comprovava este fato.
Mas mesmo que a excitação de Sophie fosse incrível — e era, realmente era —, dentro dela foi como se um limite se estourasse, e ela sentiu uma onda de prazer tripla atingi-la como uma onda, para logo após ela se sentir molhar. Havia chego ao primeiro orgasmo apenas com a oral de Luke? Foi esse o pensamento que passou pela sua cabeça, e ela deixou uma risada sair junto ao gemido que escapou de sua boca e relaxou os músculos por instinto. Luke segurou sua cintura, mas não parou seus movimentos. Ao invés disso, não desperdiçou o líquido que saíra dela e continuou sugando-a ainda durante mais algum tempo, até parar, levantar o rosto e encarar os olhos de Sophie, que se já estavam perturbados naquele momento, agora nem se comparavam. Então ele limpou os cantos da boca.
E ela quase desmaiou com a visão que teve.
Mas ela não teve tempo para desmaiar. Por que, agora, Luke massageava seu ponto de prazer com os dedos espertos mais uma vez, e ela suspirava gradativamente. Ele não dizia nada, mas continuava encarando-a, e ela sabia o que ele queria dizer. Estava claro que ele estava achando aquilo tremendamente divertido. Ele gostava, amava vê-la tão submissa e entregue. Ele amava saber que ela era dele e não tinha nenhuma objeção àquilo. Amava ditar as regras do jogo, mesmo que esse jogo se tratasse do sexo que estavam fazendo. E Sophie de repente se de conta de que tambémamava essa parte pervertida que havia nele. Por que mesmo que fosse quase depravado, também era gostoso, provocante, divertido. E ela gostava disso. Se gostava.
Então Luke parou de massageá-la e se levantou para tirar as próprias roupas, que já começavam a incomodá-lo. Sophie não conseguiu — e nem quis! — desviar o olhar quando rapidamente ele arrancou a calça e a cueca boxer, mostrando suas panturrilhas definidas, suas coxas grossas e bem torneadas, e, obviamente, seu membro já ereto. Aquela visão só serviu para fazer com que a intimidade da garota começasse a pulsar mais uma vez, fortemente, pedindo, implorando para ter Luke dentro de si.
Ainda de pé, Luke deu apenas um passo para alcançar o criado-mudo e abrir a primeira gaveta, retirando de lá alguns pacotes de preservativo. Deitou-se novamente na cama, por cima de Sophie, tomando seus lábios calorosamente mais uma vez. Ela passou as unhas pelos seus braços bem torneados, completamente atônita pela sensação de ter Luke, completamente nu, por cima de si, ainda mais por que suas partes intimas já faziam um contato, mesmo que não fosse direto. De qualquer maneira, isso estava matando-a, e fazendo com que sua intimidade apenas pulsasse mais ainda. Ele retirou seus lábios dos lábios dela para alcançar seu pescoço mais uma vez, sugando-o e deixando mais uma marca por ali sem cerimônias. Sophie arranhou sua nuca.
Então ele se afastou apenas por alguns segundos para abrir o primeiro pacote da camisinha e encapar-se. Não demorou muito mais que um quarto de minuto até ter tudo pronto, e então virou-se novamente para a namorada, passando os dedos delicadamente pela parte inferior de suas coxas e afastando-as devagar.
Não é preciso ser um gênio para adivinhar o que veio depois.
Luke penetrou-a previamente, sem colocar-se por inteiro dentro dela, mas ainda assim fazendo com que uma corrente elétrica fortíssima passasse por ambos os corpos, arrancando dela um gemido e dele um suspiro alto. Devagar, foi se introduzindo, até fundir completamente os seus corpos. Sophie abraçou seus ombros e mordeu um deles, deixando-se suspirar. Luke afundou o rosto em seu pescoço e olhou para baixo, recomeçando seu movimento com um pouco mais de força e destreza. Ela gemeu.
Sentindo uma chama queimar dentro de si e seus poros começarem a suar loucamente, Luke refez seus movimentos de vai-e-vem, arrancando mais e mais gemidos daquela garota que ele tanto amava. Ela já se contorcia como ninguém em seus braços e arranhava suas costas com força, mas Luke sinceramente não se importava se aquilo machucaria. O prazer do momento aplacava qualquer dor. A chama que havia dentro dele fazia parecer que cada molécula de seu corpo estava fervendo e explodindo, uma a uma, até não haver mais nada. Luke estava queimando de prazer.
Sophie não estava muito diferente, por sua vez. Sentindo os movimentos de vai-e-vem de Luke dentro de si, ela não conseguia imaginar prazer maior. Estava tão melhor do que da primeira vez! A chama que havia dentro dela queimava com voracidade, e ela nem sequer podia imaginar em conter os gemidos que escapavam de sua boca por vontade própria. Sentir seu corpo se fundir com o de Luke tão intimamente, tão vorazmente, fazia com que ela se sentisse completamente satisfeita por estar com ele ali naquela hora, mesmo que ainda estivesse usando o preservativo.
 Eu... te amo — foi o que ela ouviu Luke suspirar no ouvido dela, logo antes de recomeçar seus movimentos e colocar uma perna dela em sua cintura, facilitando sua entrada. Sophie se contorceu outra vez, mas deixou um sorriso se fazer em seus lábios e puxou seu rosto para si, dando um selinho molhado e demorado. Luke se prendeu dentro dela por alguns segundos.
— Eu te amo... também... demais... — ela respondeu, suspirando, ainda com os lábios dele nos seus, mas sem iniciar um beijo. Por que se eles o fizessem, o beijo não demoraria nada, pois seus pulmões estavam uma verdadeira loucura agora. O ar simplesmente não parava dentro deles, tamanho suas respirações estavam desreguladas.
Por isso Luke não a beijou naquela hora. Ao invés disso, fez algo que nem ela própria estava esperando.
Ele introduziu-se completamente dentro de Sophie, arrancando dela mais um gemido e fazendo com que ela impulsionasse seu quadril contra o membro dele. Passou as duas pernas dela pela sua cintura, deixou outro selinho em seus lábios e passou os braços em sua volta, impulsionando-a para frente. Sem nenhuma dificuldade, ele lhe impulsionou para cima, levantando-a e deixando-a literalmente em seus braços.
Sophie encarou-o sem saber o que pensar, com um meio sorriso no rosto e a franja colorida colada na testa pelo suor. Luke também sorriu e passou os lábios pelo seu pescoço, beijando-o ousadamente, e subindo os beijos para sua mandíbula. Deixou também uma pequena mordida por lá, sem Sophie fazer nenhum tipo de oposição. Também não poderia, uma vez que era simplesmentemaravilhoso ficar em seus braços, com ele completamente dentro de si, e ainda sentindo seus beijos mais que perfeitos pela extensão de seu pescoço. Não havia sensação melhor.
Se bem que ela já havia pensado isso tantas vezes nessa última hora que agora nem sabia mais o que era melhor.
Mas Luke apoiou os pés no chão, ainda segurando-a no colo e beijando-lhe o pescoço. Sophie apenas se arrepiava mais, se é que tinha como. Então ele deu apenas dois passos até o criado-mudo e pousar seu corpo por cima dele. Foi fazendo o caminho de beijos pelo pescoço de Sophie, até chegar ao seu ouvido.
— Se importa se nós trocarmos de posição? — ele sussurrou roucamente, com a voz mais provocante que Sophie já ouvira na vida, e retirou-se de dentro dela por completo. Soph não precisou responder. Apenas puxou o rosto dele para si outra vez, devorando seus lábios em um beijo muito mais do que rápido, urgente ou prazeroso. Aquele beijo era muito mais do que qualquer outro adjetivo que se possa dar para um beijo. Ele era indescritível. Assim como o prazer de ter Luke dentro de si, assim como a intensidade do amor que sentia por ele. O beijo em si era como tudo que ela e Luke tinham. Impossível de se traduzir em palavras. Apenas os dois sabiam o que era, aquela sensação maravilhosa que só acontecia quando os dois estavam juntos. Seja se beijando, fazendo amor, compondo uma música, ou apenas curtindo a presença um do outro. Só os dois sabiam o que era, e eles também sabiam o quão impossível de se dizer como era. Por que era indescritível.
Luke trocou a camisinha com mais rapidez do que da última vez, e então voltou para Sophie, que não precisou aguardar muito enquanto estava sentada por cima da cômoda. Ele lhe deixou mais um selinho longo nos lábios, e tirou a franja dela dos olhos logo depois. Colocou uma mecha de cabelo vermelho por trás da orelha e a olhou nos olhos, sorrindo, feliz.
— É isso que eu quero pra minha vida — ele disse, ainda olhando-a nos olhos e mexendo em seu cabelo. — Eu quero você pra sempre. Quero que isso nunca se acabe. Quero que você seja minha pra sempre. Eu quero... construir minha vida e o meu futuro com você. Droga, eu te amo demais.
Sophie deu uma risada, puxando seus ombros para perto, pousando seus lábios carnudos no pescoço de Luke e como ele tantas vezes fez, deixando lá uma marca ousada. Fez o caminho de beijos até a sua mandíbula e sua bochecha recém barbeada. Beijou sua boca, entrelaçando suas línguas durante alguns momentos, e colou suas testas.
— É isso que eu quero pra mim também — ela sussurrou, rouca. — Apenas nunca se esqueça de que nós somos um do outro, mesmo que a vida nos separe. Você é meu, Luke. E eu sou sua. E isso é eterno.
Luke sorriu, puxando sua perna e colocando-a no seu ombro.
— Não vou esquecer, minha Sophie.
Então ele se introduziu dentro dela outra vez, recomeçando seus movimentos com mais força e precisão, arrancando dela mais um gemido alto e fazendo com que ela arranhasse suas costas e mordesse seu ombro, beijando-o também. Segurando a perna dela em seu ombro, sua entrada dentro dela ficou ainda mais fácil, e a troca de posição também fez com que seu prazer aumentasse, assim como o dela. As chamas que haviam dentro um do outro pareciam apenas ficarem maiores, queimando dentro de seus corpos e fazendo-os suar, suspirar, gemer, sentir o puro prazer que aquele momento lhes proporcionava. Luke estocava cada vez com mais força, e não demorou muito para Sophie pedir, entre seus gemidos e gritos, por mais. Mais forte. Mais rápido.
E ele atendeu aos seus pedidos com prontidão. Enquanto ela mordiscava seu ombro loucamente e o arranhava, Luke penetrava-a com mais rapidez e exatidão, deixando com que o prazer que o abatia se tornasse agora enlouquecedor. Podia dizer com toda a certeza que nunca sentira tanto prazer como estava sentindo naquele momento, com Sophie, a garota que ele amava e desejava mais do que qualquer outra pessoa. Talvez essa fosse a diferença. O momento de prazer só conseguia ser tão avassalador por que estava sendo com ela. Ela, a garota de seus sonhos, a garota que sempre amou, e a garota que sempre iria amar. A mulher de sua vida. Sim, muito provavelmente a diferença era essa. Por que Luke tinha certeza que ninguém lhe daria tanto prazer quanto Sophie, e se fosse possível ele sentir mais prazer do que sentia naquela hora, ele sentiria com ela. Simplesmente por que era ela.
Eles não sabiam o quanto tempo ficaram naquela posição. Luke penetrando-a e Sophie impulsionando seu quadril contra o órgão dele, mordendo seu ombro e a extensão de seu pescoço, arranhando suas costas, sentindo as próprias costas baterem contra a parede por conta das estocadas... A verdade é que o momento estava bom demais para eles verem o tempo passar ou se importarem com isso. Mas não demorou muito e entre as estocadas de Luke que já estavam cada vez mais fortes, rápidas e precisas, aquela onda de prazer os invadiram e tomaram conta de seus corpos, fazendo com que os músculos de Sophie se relaxassem nos braços do namorado que ela tanto amava. Luke deixou um beijo consideravelmente calmo em seus lábios, mexendo seu quadril contra o dela mais delicadamente até que ele chegasse definitivamente até o seu clímax. Ainda com os lábios colados nos dela, Luke se retirou de dentro da namorada e separou seus lábios. Amarrou o preservativo e o jogou pelo tapete, voltando para os lábios de Sophie, que embrenhou os dedos nos seus cabelos e correspondeu o beijo à altura, mas como esperado, o beijo não demorou muito mais que alguns segundos. Suas respirações estavam mais que desreguladas e seus corpos estavam ensopados de suor, isso sem contar as batidas descompassadas que seus corações davam agora. Estavam em completa êxtase, simplesmente por terem sido um do outro, novamente.
— Melhor tomarmos um banho, não? — Luke perguntou, com sua testa colada na dela, mexendo em seu cabelo vermelho.
— É, é melhor. — Ela disse, e depois deu uma risada realmente boba. O que era compreensível depois do que eles passaram, afinal.
Seria impossível Sophie conseguir conter seu sorriso, pois mesmo que o momento fosse extremamente físico, ela admirava o modo como Luke conseguia ser romântico e pervertido ao mesmo tempo. E amava isso. Mas que droga, ela amava tudo nele. Amava até mesmo o que odiava. Isso não fazia o menor sentido!
Mas quem foi que disse que o amor precisa fazer sentido?
Foi por isso que rindo como uma boba, assim como ele, ela teve certeza de que sim, era isso que ela queria para a vida dela. Ela queria Luke para sempre, por que era ele quem ela amava. E ela sabia, agora, que não era nenhuma briga que iria separá-los.
Por que o que eles dois tinham era único. Indescritivelmente único. Indestrutivelmente único.

 

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